O festival Porto/Post/Doc regressa ao Porto a 20 de novembro, mas este ano, devido à pandemia da covid-19, os horários da última sessão são antecipados e 80% da programação estará disponível ‘online’, anunciou hoje a organização.

“Como julgo que todos sabem, há novas regras impostas pelo Governo. Há uma antecipação de horários que será devidamente anunciada hoje à tarde por um coletivo de salas dos 121 municípios abrangidos pelas restrições recentemente anunciadas e, por isso, o festival irá decorrer com horário antecipado”, anunciou Dario Oliveira, diretor do festival, em conferência de imprensa.

A antecipação decorre da restrição imposta pelo Governo que obriga os espaços culturais a fechar até às 22:30 em 121 municípios.

O resto da programação matinal e vespertina do Porto/Post/Doc não vai sofrer alterações significativas.

A sétima edição do Porto/Post/Doc vai arrancar no dia 20 de novembro, com a estreia nacional de “David Byrne's American Utopia", de Spike Lee, uma obra baseada no “disco e concerto” do músico norte-americano.

Com um total de mais de 60 filmes a ser exibido até 29 de novembro, a organização destaca que o evento vai acontecer em várias salas da cidade, mas anuncia também que 80% da programação vai ser exibida ‘online’ para fazer face a este período de pandemia.

“Acompanhando aquilo que se vem chamando o novo normal temos o festival ‘online’. E o festival ‘online’ para nós é uma coisa muito importante, porque vai servir de complemento àquilo que nós nos propomos fazer nas salas. […] O festival ‘online’ é onde aparece grande parte da programação. Eu diria mesmo aquilo que é mais importante da programação”, esclareceu o diretor do festival.

Dario Oliveira salientou, todavia, a importância de os espectadores irem ver cinema ao festival, porque “vir ao cinema é um ato de participação cívica” e de “marcar presença naquilo que é a cultura viva da cidade do Norte do país”.

A organização anuncia um festival com obras oriundas dos vários cantos do mundo, com estreias nacionais, conversas, entrevistas a realizadores, sessões para famílias e uma academia destinada a pensar novas forma de produção de conteúdos realizada em parceria com o Canal 180.

Na Competição Internacional, Dario Oliveira explicou que existiam nove obras de produção recente com olhares sobre questões sociais e políticas de Portugal, França, África do Sul, Laos, Espanha, Israel, Brasil, México, Argentina e Iraque, destacando o filme português “A Nossa Terra, O Nosso Altar”, de André Guiomar, que vai contar histórias reais do Bairro do Aleixo, no Porto, bem como vai mostrar a sua demolição e a forma como a comunidade resiste.

O Porto/Post/Doc traz a novidade da 180 Media Academy, um programa de formação complementar para estudantes e jovens profissionais do setor audiovisual que procura explorar os novos paradigmas da produção contemporânea e onde vão ser apresentadas novas formas de contar histórias através de outras plataformas e meios de distribuição.

O programa tem uma componente presencial a 21 de novembro, completando-se ‘online’ entre os dias 24 e 27 de novembro de 2020, com uma série de ‘masterclass’, conferências, projeções e desenvolvimento de projetos. O 180 Media Academy resulta da colaboração entre a plataforma media Canal180 e o Porto/Post/Doc.

O encerramento do evento cultural vai ser feito com uma outra estreia nacional, mas desta vez com “MLK/FBI”, de Sam Pollard (EUA), que segue "Martin Luther King Jr. enquanto alvo duma investigação com laivos de perseguição pela instituição policial americana", lê-se na página do festival.

No programa de competição de filmes Transmission, secção dedicada a olhar algumas das principais tendências do universo musical, e que este ano vai ter pela primeira vez um prémio, vão estar a competir cinco filmes sobre a música e o seu impacto no mundo em redor, entre os quais se encontram três estreias nacionais.

Além da competição Transmission, o evento conta também com os programas A Cidade do Depois, Competição Cinema Novo, Competição Cinema Falado e Highlights.

O Porto/Post/Doc é realizado em parceria com a Câmara Municipal do Porto, contando com o apoio do Ministério da Cultura e do Instituto do Cinema e Audiovisual e o mecenato da Fundação “la Caixa”/BPI.

Os bilhetes presencias custam cinco euros (sujeitos a descontos) e os ingressos para o ‘online’ custam dois euros.

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