
No final do ano passado, Sandra Bullock fortaleceu o estatuto como "rainha da Netflix" ao tornar-se a primeira atriz com dois títulos no Top 10 dos filmes originais mais vistos de sempre.
Lançado a 21 de dezembro, o novo filme "Indesculpável" está atualmente em sétimo lugar e ainda deverá subir mais algumas posições até completar os 28 dias que contam para o ranking.
Antes já lá estava desde dezembro de 2018 "Às Cegas", que chegou a ser o filme original mais visto na história da Netflix até ser recentemente desalojado por "Aviso Vermelho" e cujo impacto ajudou a consolidar a estratégia do lançamentos das longas-metragens da plataforma.
Resistindo a ficar obcecada pelos números, Sandra Bullock mostrou-se grata pela estratégia da Netflix.
"Eles são bons para os artistas. São bons para os cineastas. Se não fosse a Netflix, muita gente não estaria a trabalhar. As suas histórias não estariam a ser contadas", disse à revista The Hollywood Reporter.
E com humor, a atriz, agora com 57 anos, coloca-se no grupo, recordando a longevidade da sua carreira e como Hollywood costuma tratar as mulheres a partir de uma certa idade: "Quem é que pensaria que eu, enquanto mulher, ainda estaria a trabalhar nesta altura? Estaria no pasto das vacas. É verdade".
Os elogios estendem-se ao impacto global da Netflix, garantindo que sem isso, fenómenos como a série sul-coreana "Squid Game" não seriam possíveis.
"Esse é um dos maiores, mas tenho visto mais trabalho de outros países contado por outras nacionalidades, e nunca teríamos isso há 10 anos, nunca", explicou a atriz, acrescentando que num mundo cada vez mais dividido, as plataformas de streaming contribuem para a união e "estão a ser capazes de misturar as nossas histórias e dizer, 'olhem, a mesma história, apenas diferente'".
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