Mostrando conhecer bem a reputação, Scarlett Johansson não quis ter nada a ver com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita que está agora no centro do caso do assassinato do jornalista do Washington Post Jamal Khashoggi.

A atriz irá interpretar a famosa fotojornalista Lynsey Addario num filme que será realizado por Ridley Scott, mas rejeitou completamente o envolvimento do princípie Mohammed bin Salman quando soube que estava no grupo inicial de investidores. E isto aconteceu antes do recente escândalo no consulado na Turquia.

Quem o revelou foi a própria Lynsey Addario numa entrevista ao New York Times: "Scarlett Johansson disse absolutamente não. Ela disse: 'Este tipo está a eternizar a guerra no Iémen. Ele tem mulheres na prisão'.

"Isto foi antes do assassinato de Khashoggi, quando ele se tornou uma das pessoas principais que queriam financiar o filme", acrescentou.

Em abril, Mohammed bin Salman realizou uma viagem aos EUA e na rota esteve Hollywood, a cujos filmes abriu as portas do seu país após décadas em que as salas estiveram banidas, encontrando-se com responsáveis dos estúdios e estrelas como Dwayne Johnson e Morgan Freeman, bem como o realizador James Cameron.

"Não me encontrei com ele pessoalmente", explica Addario.

"Mas a minha sensação é que provavelmente ele  – o meu filme acabou envolvido nesta gigantesca operação de charme. E o facto de que ele queria mostrar ao Ocidente que gostava de Hollywood, que gostava de todas as grandes coisas do Ocidente... será que o quero associado com este filme? Obviamente que não. E graças a Deus que ele não está.", admitiu.