"Call Me by Your Name" tem sido aclamado por quase toda a gente desde que foi exibido em janeiro pela primeira vez no Festival de Sundance.

Realizado por Luca Guadagnino, o filme é uma adaptação do livro de André Aciman sobre o primeiro amor de um jovem de 17 anos que está a passar o verão com a sua família em Itália com o aluno de 24 anos do seu pai, interpretados respectivamente por Timothée Chalamet e Armie Hammer.

Não fosse ser o caso de ser considerado um dos mais fortes candidatos aos Óscares do próximo ano (estreia em Portugal a 18 de janeiro) e talvez tivesse passado despercebida uma estratégia intrigante da Sony britânica para o promover: como uma história de amor heterossexual.

Para chamar a atenção para a aclamação, através da percentagem de críticas positivas no site Rotten Tomatoes e usando a citação revista Empire sobre um "romance esmagador na sua intensidade, um coração que incha até ter de explodir", a fotografia escolhida do filme foi a de Timothée Chalamet com a atriz Esther Garrel.

A publicação nas redes sociais acabou por ser eliminada, mas já não foi a tempo de evitar críticas e o gozo generalizado pela deturpação, "inspirando" outras campanhas, por exemplo para "Carol", que retratava a relação entre duas mulheres, e o já clássico "O Segredo de Brokeback Mountain".

Houve ainda quem desse um sentido literal a "Milk", sobre o político homossexual Harvey Milk (interpretação que valeu um Óscar a Sean Penn) ou recordasse a "terrível opressão" sofrida pela personagem de Brad Pitt em "12 Anos Escravo".