Na longínqua galáxia onde se passa "Star Wars", as pessoas conseguem fugir aos seus problemas, disse esta terça-feira (21) na Cidade do México Mark Hamill, que há quatro décadas se tornou o herói Luke Skywalker na saga criada por George Lucas.

"A história repete-se, estamos numa era muito obscura e as pessoas precisam desta forma de escapar, pode-se ir para Hogwarts [a escola de magia do universo Harry Potter] ou para nosso mundo, que são lugares maravilhosos para se ir e esquecer os problemas", afirmou este veterano ator durante uma conferência de imprensa.

Para Rian Johnson, realizador do mais recente filme, "Star Wars: Os Últimos Jedi", com estreia prevista para 14 de dezembro em Portugal, a mítica saga de ficção científica é uma das poucas coisas que ainda podem enviar mensagens positivas ao mundo.

Na sua opinião, a razão pela qual o enredo épico, lançado no cinema na década de 1970, é frequentemente usado como analogia para explicar eventos políticos atuais tem a ver com o próprio poder da sua história.

"Politicamente, para mim, a razão pela qual sempre se usam analogias de 'Star Wars' na cultura pop, na política e em atuais eventos, o que sucede nos últimos 40 anos, sem ter importância o fundo ou o que está a acontecer, é porque a história é muito mais poderosa do que qualquer analogia política direta que se possa fazer", reflete Johnson.

"Acho que o poder de 'Star Wars' é muito mais profundo do que isso. Afinal, informamo-nos sobre o que está a acontecer no nosso dia a dia e por isso se pode aplicar [o enredo da saga]. Isso ocorreu com os primeiros filmes e espero que aconteça com o que estamos a fazer agora", acrescentou.

A vida sem Carrie Fisher

Escrito e dirigido por Rian Johnson, e produzido por Kathleen Kennedy e Ram Bergman, "Star Wars: Os Últimos Jedi" apresenta a continuidade da saga dos Skywalker, enquanto os heróis de "Star Wars: O Despertar da Força" se unem às lendas intergaláticas numa aventura época em que se revelam os mistérios milenares da Força.

Neste novo filme, também conhecido como "Episódio VIII", a atriz britânica Daisy Ridley regressa no papel de Rey.

"Não sinto que seja um modelo a seguir porque Rey é mil vezes melhor do que eu, pelo que me sinto muito afortunada por interpretá-la. Não tenho o destino da galáxia nos meus ombros, é só um filme que faz as pessoas felizes", disse Ridley ao falar da pressão que a sua personagem poderia provocar.

Para Hamill, é surpreendente ver todas as jovens a querer ser como Rey, algo que ele diz emocioná-lo.

"É algo como o que aconteceu antes com a Mulher-Maravilha, com Sigourney Weaver em 'Alíen' ou Linda Hamilton em 'Exterminador Implacável'", destacou o ator de 66 anos.

Ao lado de Ridley, regressam Adam Driver como Kylo Ren, John Boyega no papel de Finn e Oscar Isaac como Poe Dameron, além da falecida Carrie Fischer no papel de Leia.

"Tudo em relação a Carrie é maior que a vida [...] Queria sempre viver cada momento ao máximo. Sem ser egoísta, incomoda-me que não esteja aqui porque estaria a mostrar-me o dedo do meio e a fazer gestos enquanto tento responder às suas perguntas", disse Hamill.

"Era impecável! Exceto nestes casos, mas não posso imaginar a minha vida sem ela", acrescentou, saudoso, sobre a atriz falecida a 26 de dezembro de 2016.

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