São "escassas" as hipóteses de "Tenet" estrear nos cinemas americanos a 12 de agosto, deitando por terra as esperanças de Hollywood e dos cinemas de que marque o início da temporada de verão nas bilheteiras.
A previsão é de Eric Handler, um respeitado analista da indústria de exibição nos EUA da Consultoria Financeira MKM Partners num estudo aos seus clientes divulgado esta segunda-feira (13) e que está a ter grande impacto na imprensa especializada.
Mas o cenário adivinha-se ainda mais negro para Hollywood e os cinemas fechados desde meio de março: segundo a Variety, fontes ligadas aos estúdios também preveem que "nos próximos dias" será anunciado o adiamento das estreias tanto de "Tenet" como de "Mulan", previsto para 21 de agosto nos EUA.
A situação terá um efeito dominó nos cinemas da Europa e noutros mercados, onde muitos conseguiram reabrir nas últimas semanas.
Tanto Eric Handler como as fontes da Variety coincidem nas razões: o crescimento do número de testes positivos à COVID-19 este verão nos EUA, principalmente nos estados populosos da Flórida, Texas e Califórnia, mercados importantes para Hollywood.
Mesmo estados que conseguiram reduzir o número de infeções, como Nova Iorque e New Jersey, continuam com os cinemas fechados e sem previsão para a reabertura.
“Seria surpreendente ver os cinemas capazes de reabrir a nível nacional antes de setembro, no mínimo", acrescenta Eric Handler.
O analista antecipa quebras de 70% nas bilheteiras de 2020 em relação ao ano passado, o segundo melhor da história de Hollywood, colocando mais pressão nos resultados financeiros das empresas proprietárias de cinema.
Com um orçamento de 200 milhões de dólares, "Tenet" foi o último grande filme de Hollywood a mudar a data de estreia original de 17 de julho por causa da pandemia: Christopher Nolan assumiu dentro da indústria que gostaria que liderasse o processo de regresso dos cinemas.
Por sua vez, exibidores também montaram as suas estratégias de reabertura e do regresso dos espectadores à volta do apelo de "Tenet" e de "Mulan", que a Disney já tinha adiado de 27 de março para 24 de julho.
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