
A juntar à série "Wednesday", a Netflix tem outro sucesso nas mãos em cinema e é um dos mais improváveis da sua história: um filme-catástrofe da Noruega.
"Trol" reimagina os seres míticos do país como zangados e fora de controlo, ao estilo de "Godzilla" ou "King Kong", quando uma explosão nas montanhas norueguesas desperta um trol milenar e o governo destaca uma paleontóloga destemida para o impedir de espalhar o caos e a destruição.
Lançado na Netflix a 1 de dezembro, o filme teve 75,86 milhões de horas visualizadas na semana de 28 de novembro a 4 de dezembro e ficou em primeiro lugar em 93 países, incluindo os EUA e toda a Europa, nomeadamente em Portugal.
A audiência valeu a entrada direta em quatro dias para o oitavo lugar no Top 10 dos filmes originais mais vistos de sempre da plataforma em língua não-inglesa.
Nos próximos dias, chegará ao primeiro lugar neste ranking que contabiliza as audiências nos primeiros 28 dias, onde está "Blood Red Sky", com 110,52 milhões visualizadas.
Antes de "Trol", o filme alemão também era a melhor estreia de sempre, com umas mais modestas 35,93 milhões de horas visualizadas entre 19 a 25 de julho de 2021, e a melhor semana de sempre, com 52,37 milhões de horas na segunda semana de lançamento.

Com Ine Marie Wilmann, Kim Falck, Mads Sjøgård Pettersen, pouco conhecidos do público fora do seu país, "Trol" também ultrapassou as estreias em outubro dos mais mediáticos e caros "Enola Holmes 2", com Millie Bobby Brown e Henry Cavill (64,08 milhões de horas) e "The Good Nurse", com Jessica Chastain e Eddie Redmayne (68,31 milhões).
De facto, é preciso recuar até à semana de 17 a 23 de outubro para encontrar um fenómeno maior entre os filmes originais da Netflix e também é em inglês: a estreia de "A Escola do Bem e do Mal", com 78,83 milhões de horas.
"Trol" é realizado por Roar Uthaug, que tem experiência no género com "Bølgen: Alerta Tsunami" (2015), outro fenómeno de popularidade e que foi o primeiro filme-catástrofe feito na Noruega, que impressionou Hollywood e o levou à nova versão de "Tomb Raider" (2018), protagonizada por Alicia Vikander.
Apesar de descrito pelos seus produtores como o filme de mais orçamento na história da Escandinávia, "Trol" é mais modesto do que as grandes produções de cinema da Netflix: embora não existam dados oficiais, uma notícia de fevereiro de 2020, antes do início da pandemia, apontava para 5,9 milhões de euros.
Por comparação, o filme mais caro na história da plataforma, "The Grey Man", com Ryan Gosling e Chris Evans, com 200 milhões de dólares, teve 88,55 milhões de horas visualizadas nos primeiros três dias.
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