James Cameron é conhecido pela sua frontalidade e parece que não é aos 61 anos que se vai tornar diplomático: diz o que pensa com as câmaras ligadas, não se refugiando na fórmula de "fonte próxima de".

Numa entrevista recente, o cineasta disse que era amigo de George Lucas e que tinha "muito respeito" por J.J. Abrams, que pertence à mesma pequena elite dos cineastas valiosos para Hollywood depois de ter revitalizado as sagas "Star Trek" e "Star Wars".

No entanto, as palavras não foram simpáticas quando lhe perguntaram o que tinha achado de "Star Wars: O Despertar da Força", mostrando que continua muito atento ao que se passa à sua volta apesar de estar mergulhado na preparação de quatro sequelas de "Avatar".

"Tenho de dizer que senti que o grupo dos seus filmes de George tinham mais imaginação visual inovadora e este filme cortou para coisas e personagens que já se tinham visto antes".

"Avançou com passos delicados para a frente com novas personagens. Portanto, para mim, ainda não há decisão. Quero ver para onde eles levam aquilo", acrescentou sobre o filme que bateu vários recordes, incluindo o de mais visto de sempre nos EUA, que era precisamente do título de Cameron de 2009 que se passava no mundo de Pandora.

Apesar disso, não haverá concorrência entre futuros "Star Wars" e "Avatar".

Num entrevista em abril, James Cameron confirmou que tinha abandonado os planos para lançar as sequelas com um ano de diferença.

"Se por mais nenhuma razão, não quero aterrar na mesma data de uma das sequelas 'Star Wars'. Não seria justo para eles. É apenas fazer bom negócio. Não quero competir com 'Star Wars'. Isso seria estúpido. E esperançosamente eles não vão querer competir connosco".

O próximo "Star Wars", "Rogue One", estreia em dezembro. "Avatar 2" estreia no mesmo mês, mas em 2018.