Acabaram mortas cerca de um terço das mulheres com quem o sedutor
James Bond foi para a cama nos 22 filmes que integram o cânone oficial das aventuras de 007 no cinema, de
«007 - Agente Secreto» (1962) a
«007 - Quantum of Solace» (2008).
O resultado surgiu de um novo estudo encomendado pelo periódico «The Times» para assinalar o cinquentenário da publicação do livro
«Goldfinger», que no cinema deu à Bond-girl
Shirley Eaton a morte mais célebre de todas, vitimada por asfixia epidérmica ao ser completamente coberta de ouro.
Além de ser o mais espectacular do conjunto, esse assassinato ocorrido no terceiro filme da série,
«007 Contra Goldfinger» (1964), é também o primeiro de todos. Nas duas primeiras fitas de James Bond, com
Sean Connery, as suas parceiras saem incólumes, mas nas películas seguintes a mortandade sobe de tom, atingindo o cume em
«007 - Só se Vive Duas Vezes», com uma mulher atirada às piranhas pelo vilão Blofeld.
George Lazenby, por seu turno, só interpretou o agente secreto num único filme,
«007 - Ao Serviço de Sua Majestade» (1969), mas foi quanto bastou: das três mulheres que romanceou, uma foi morta, e logo aquela com quem ele acabara de casar, interpretada por
Diana Rigg.
Apesar do seu estilo mais delicado,
Roger Moore não foi menos letal, com um quarto das suas conquistas a acabar debaixo da terra ao longo dos sete filmes em que deu vida a 007, de
«007 – Vive e Deixa Morrer» (1973) a
«007 – Alvo em Movimento» (1985).
O único a escapar a este destino foi
Timothy Dalton, um James Bond monogâmico, que teve apenas duas mulheres na dupla de filmes em que foi Bond,
«007 – Risco Imediato» (1987) e
«007 – Licença para Matar» (1989), ambas sobreviventes. Logo a seguir
Pierce Bronsnan manteve a tendência em
«007 - Goldeneye» (1995), mas o perigo para as Bond-girls regressou nos seus três filmes seguintes, em que há um morta por película, sendo que em
«007 – O Mundo Não Chega» e ele próprio que a mata, encarnada por
Sophie Marceau.
Com
Daniel Craig, o «ratio» de mortandade é o mais elevado de sempre.
Nos dois filmes que fez como 007,
«Casino Royale» (2006) e
«007 - Quantum of Solace» (2008), Bond vai para a cama com três mulheres e todas elas acabam mortas, uma delas coberta de petróleo, em homenagem à morte fundadora de
«007 Contra Goldfinger».
Com ele, a castidade provou ser uma virtude: no último filme,
Olga Kurylenko acompanha-o em aventuras ao longo do filme mas resiste aos seus avanços. Resultado: chega viva ao fim do filme.
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