
A desilusão comercial de "Han Solo: Uma História de Star Wars", uma das grandes surpresas de bilheteira desde ano, parece ter aberto os olhos da Disney: nos próximos anos vamos ter menos filmes da saga.
Lançado em maio, o "spinoff" sobre a juventude do famoso contrabandista arrecadou 393 milhões de dólares a nível mundial, um valor aceitável para um "blockbuster" mas muito baixo num "evento Star Wars" e ainda mais quando o orçamento terá chegado aos 250 milhões (Ron Howard refilmou quase tudo após os realizadores Phil Lord e Christopher Miller serem despedidos) e mais 150 foram gastos em marketing.
Não foram poucos os que atribuíram a desilusão à má publicidade gerada pela controvérsia nos bastidores, mas também a uma "fadiga" da saga: os fãs tinham visto "Os Últimos Jedi" apenas alguns meses antes.
Sem mencionar especificamente "Han Solo", o tema surgiu numa entrevista ao presidente da Disney Bob Iger feita pelo The Hollywood Reporter quando lhe dizem que muitos acreditam que o estúdio devia puxar os travões e não lançar filmes todos os anos.
"Fui eu que decidi o 'timing' e, olhando para trás, penso que o erro que cometi — assumo a culpa — foi um pouco demais, demasiado rápido", admitiu o CEO.
"Podem esperar uma desaceleração, mas isso não quer dizer que não vamos fazer filmes. O [realizador] J.J. [Abrams] está ocupado a fazer o [episódio] IX. Temos entidades criativas, incluindo [David] Benioff e [D.B.] Weiss ['A Guerra dos Tronos'], que estão a criar sagas próprias, sobre as quais não fomos concretos. E estamos prestes a chegar ao momento em que iremos começar a tomar decisões sobre o que vem a seguir ao [filme] do J.J.", acrescentou.
"Mas acho que vamos ser um pouco mais cuidadosos em relação ao volume e datas de lançamento. E a responsabilidade nisso para aqui", concluiu.
O "Episódio IX", conclusão da terceira trilogia oficial "Star Wars", chega só em dezembro de 2019. A seguir não há nenhum projeto com ordem oficial para avançar.
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