The Weinstein Company, o estúdio de cinema co-fundado por Harvey Weinstein, que entrou em falência após as acusações de abuso sexual contra o produtor, ficou esta segunda-feira oficialmente sob o controlo do fundo de investimentos Lantern Capital.
Lantern, baseada em Dallas (Texas), tinha previsto pagar inicialmente 310 milhões de dólares pelo estúdio, mas o valor ficou em 289 milhões após um reembolso devido ao facto de que certas informações sobre a situação da empresa eram erradas.
Após serem fechados os últimos detalhes na semana passada, a operação foi validada esta segunda-feira por um juiz do tribunal de falências do estado de Delaware, Estados Unidos.
O conselho de administração do estúdio de Nova Iorque, fundado por Harvey Weinstein e o seu irmão Bob em 2005, confirmou na quinta-feira a renúncia de quatro dos seus cinco membros - incluindo o presidente Bob Weinstein - e a saída de 20 empregados.
Vários grandes nomes de Hollywood como Quentin Tarantino, Meryl Streep e George Clooney tinha assinado esta semana uma moção para atrasar a venda, argumentando que o estúdio lhes devia dinheiro e que não tinham chegado a nenhum acordo com os compradores.
A lista de credores que esperam uma compensação do estúdio inclui também, entre outros, as alegadas vítimas dos abusos sexuais de Harvey Weinstein.
Isto afetou a transferência do estúdio e a sua recuperação. O projeto de Lantern foi negociado em colaboração com o gabinete do Procurador do estado de Nova Iorque, que tinha bloqueado uma primeira tentativa de aquisição porque considerava insuficientes as disposições para indemnizar as alegadas vítimas.
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