O clássico maior de
Fritz Lang, sobre o confronto entre trabalhadores e governantes numa espectacular cidade do futuro, era considerado quase um «missing film» na história do cinema: embora quase toda a gente o tivesse visto em diversos formatos, todos eles eram severamente amputados em relação à cópia que estreou na Alemanha no ano de 1927.

A versão original, de 153 minutos, não era efectivamente vista desde a data de estreia, o que colocava grandes interrogações sobre várias cenas chave do filme e sobre a própria mensagem que com ele o realizador queria veicular. Embora hoje seja considerado um clássico absoluto, à data de estreia
«Metropolis» foi um desastre de bilheteira, que quase levou o estúdio à falência dado o imenso orçamento que consumiu.

Para minorar o desastre, o filme passou a circular em diversas cópias amputadas em mais de meia hora, que foram as que chegaram até aos dias de hoje. Isto até ao ano 2008, quando uma cópia quase integral (com mais 30 minutos que as que se conheciam) foi encontrada na Argentina.

Após um moroso período de restauro, a versão praticamente integral do filme começou a regressar às salas de cinema, o que faz com que este filme seja visto por todos como se se tratasse da primeira vez. A versão é a mais integral possível: dos 153 minutos de duração original faltam apenas oito de imagens, que não se conseguiram recuperar, embora a projecção mantenha esses períodos com o ecrã a negro.

Apresentado em Fevereiro deste ano no Festival de Berlim,
«Metropolis» vai começar neste Verão a chegar às salas de cinema de todo o mundo, não se sabendo ainda se as portuguesas estarão contempladas. No final do ano, a edição integral chegará ao DVD e ao Blu-ray.

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