Existe uma sombra sobre "O Dia da Independência: Nova Ameaça" tão grande como a nave espacial com que os extraterrestres regressam à Terra: a ausência de Will Smith.
O primeiro filme, lançado em 1996, um ano após "Os Bad Boys", tornou-o efetivamente uma grande estrela de cinema e rei do "4 de julho", que era a semana mais lucrativa para lançar um filme no cinema naquela época.
Para além de muitos efeitos especiais e destruição, regressaram para enfrentar a "Nova Ameaça" vários atores, nomeadamente Jeff Goldblum, Bill Pullman, Brent Spiner ou Vivica A. Fox.
No entanto, do Capitão Steven Hiller de Will Smith resta apenas uma fotografia pendurada numa parede da Casa Branca: os espectadores que não consultaram o site onde se explica tudo o que aconteceu nos últimos 20 anos descobrem que morreu a 24 de julho de 2007, durante os testes do primeiro caça construído com tecnologia 'alien'.
O seu herdeiro é o enteado, Dylan Dubrow-Hiller, interpretado por Jessie Usher, de 24 anos.
Nem sempre foram esses os planos: durante vários anos o estúdio tentou sem sucesso convencer Will Smith a regressar com os outros atores.
A primeira versão da história era que teria recusado o projeto definitivamente depois dos maus resultados de "Depois da Terra" (2013), outro filme de ficção científica onde contracenava com o filho Jaden, e por querer dar outra direção à sua carreira, sem fazer mais sequelas.
Mas Will Smith avançou mais recentemente com outra justificação: a ausência deve-se a uma questão de incompatibilidade de agendas.
"Tinha dois filmes alinhados, 'A Força da Verdade' e 'Esquadrão Suicida' e portanto foi uma decisão, em termos de 'timing', entre 'O Dia da Independência' e 'Esquadrão Suicida'", explicou a estrela de 47 anos.
"O mundo está agora numa posição de nostalgia. Especificamente no entretenimento, existe uma grande atração pela nostalgia, portanto era uma oportunidade perfeita [para o filme] e [o timing] não resultou", acrescentou.
E se Will Smith confessou que teve pena quando descobriu que mataram a sua personagem, talvez essa tenha sido a melhor solução agora que se conhecem os maus resultados nas bilheteiras de "Nova Ameaça".
Comentários