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James Bond: Os que foram, os que estiveram para ser e os que continuam na corrida

L.S.
30 mai 2016 15:40
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De Idris Elba a Tom Hiddleston, a especulação sobre os possíveis sucessores de Daniel Craig está intensa ou não fosse James Bond um dos pilares da história do cinema desde os tempos de Sean Connery. E sempre que o papel esteve disponível, não faltaram candidatos. Até Clint Eastwood e Mel Gibson.
  • De Idris Elba a Tom Hiddleston, a especulação sobre os possíveis sucessores de Daniel Craig está intensa ou não fosse James Bond um dos pilares da história do cinema desde os tempos de Sean Connery. E sempre que o papel esteve disponível, não faltaram candidatos. Até Clint Eastwood e Mel Gibson.
  • Em abril de 2015, disse que "se alguma vez existiu alguma chance de vir a ser Bond, já desapareceu". De facto, o ator tornou-se uma espécie de escolha do povo graças aos trabalhos nas séries "The Wire - Sob Escuta" e principalmente "Luther" e depois passou o seu talento e carisma para "Batalha do Pacífico" e recentemente em "Beasts of No Nation". Tem 43 anos e apesar de alguns acharem que o timing já passou, a febre não passa.
  • O tempo joga a favor deste britânico com 35 anos cujo carisma fez de Loki o vilão da Marvel que todos querem que regresse. Já deu sinais de querer muito ser James Bond e foi muito elogiado no que pode ser considerado um ensaio, a série de espionagem "The Night Manager". Os estúdios começaram a apostar nele a sério e resta saber se daqui a quatro anos não estará demasiado ocupado a protagonizar outras sagas...
  • Foi uma revelação tão grande em "Homeland - Segurança Nacional" que a personagem sobreviveu muito mais do que estava previsto. E domina agora as atenções com outra série, "Billions". Pode ser o primeiro James Bond ruivo e conduzir a personagem para os tons de Pierce Brosnan, ainda que, com 45 anos, alguns receiem que quando chegar o seu primeiro filme, o mais provável é que pareça.., o Roger Moore dos últimos filmes como Bond.
  • Bonito, carismático (veja-se como dominava sempre que aparecia em "A Origem"), duro ("Warrior - Combate Entre Irmãos", "O Cavaleiro das Trevas Renasce", "Mad Max") e intenso ("Lendas do Crime", "The Revenant") e com uma das carreiras mais versáteis do século XXI, tornou-se um forte favorito em 2015. Está com 38 anos...
  • Com 30 anos, a revelação de "Billy Elliot" já entrou em "As Aventuras de Tintin - O Segredo do Licorne" e "Snowpiercer", e agora está na elogiada série "Turn: Washington's Spies", que leva o género da espionagem para o século XVIII.
  • Com 32 anos e 1m83 (a altura de Bond de acordo com Ian Fleming), este irlandês de 32 anos está longe de ter o tamanho da sua personagem mais famosa, a do anão Kíli em "O Hobbit". Porém, muita da sua popularidade ainda vem da série de culto "Being Human" e outras produções televisivas.
  • Com o tempo a escassear para Idris Elba, as atenções também se viraram para o ator de "Selma", onde foi o carismático Marthin Luther King. Outra boa aposta para o que seria um casting revolucionário e, claro, ele já foi escolhido para dar voz ao novo livro de James Bond. Ainda assim, já tem 40 anos o tempo também começa a jogar contra ele (Craig tinha 38 quando fez "Casino Royale").
  • Está com 39 anos e existem muitas pessoas que se põem a imaginar o que seria este ator trazer para James Bond a intensidade que deu nova vida, por exemplo, a Magneto ou ao sádico de "12 Anos Escravo". Com o seu casting, o 007 duro de Daniel Craig seria para continuar.
  • Após a saída de Damien Lewis de "Homeland", o papel deste seu colega de elenco começou a crescer e pode dizer-se que é um bom ensaio caso Bond continue um ser torturado pelo passado. O seu mais recente filme, "Hitman: Agente 47", fracassou, o que pode acabar por funcionar como uma vantagem em relação a outros candidatos, mais velhos e dispendiosos com carreiras consolidadas. Está com 34 anos, pelo que o tempo joga a seu favor...
  • Não lhe falta carisma, como se viu em "Invencível" e no pouco visto, mas muito elogiado "71". Pode ser um candidato perfeito para um Bond "do povo" caso Tom Hardy seja considerado demasiado velho. Pelo contrário, agora com 25 anos, a idade joga contra ele, mas isso muda rapidamente se Daniel Craig afinal quiser fazer o quinto filme...
  • Em 2005, foi finalista com Daniel Craig e a idade (22 anos) jogou contra ele. Também perdeu os papéis de Super-Homem e Edward Cullen. E se acabou por ser o Homem de Aço, começa a ter agora a idade certa para suceder a Daniel Craig. E a ver por "O Agente da U.N.C.L.E.", talvez levasse Bond para os tempos de Sean Connery.
  • "A Guerra dos Tronos" tem fornecido imensos atores ao cinema e depois de sair da série, este escocês espalhou charme como o Príncipe de "Cinderela". Tem 29 anos e entrou recentemente na lista de candidatos.
  • Sobrevivendo a todas as mudanças políticas, sociais e tecnológicas, mantendo sempre a licença para matar apesar das diferentes abordagens, foram seis os atores que podem dizer que foram o inimitável James Bond. Os eleitos foram Sean Connery (em seis filmes entre 1961 e 1971, mais um da linha não oficial, "Nunca Mais Digas Nunca", em 1983), George Lazenby (apenas uma vez, "007 - Ao Serviço de Sua Majestade", em 1969), Roger Moore (outros seis filmes entre 1973 e 1985), Timothy Dalton (dois filmes, em 1987 e 1989), Pierce Brosnan (quatro filmes entre 1995 e 2002) e Daniel Craig (quatro filmes a partir de 2006). E para os completistas, ainda se pode juntar David Niven no primeiro "Casino Royale", uma paródia de 1967.
  • Sempre que a função esteve disponível, desde o início, foram vários os candidatos. Passando por cima dos rumores e anedotas, eis os casos mais sérios...
  • Foi o modelo literário para James Bond e depois um favorito do autor Ian Fleming para a versão cinematográfica. Apesar de terem escolhido Sean Connery para "007 - Agente Secreto" (1962), teve a honra de interpretar a personagem em tons de comédia na entrada não oficial "Casino Royale" (1967) e ainda de o seu nome ser evocado em "007 - Só Se Vive Duas Vezes" (1967) e "007 - Ao Serviço de Sua Majestade" (1969).
  • Padrinho de casamento e amigo íntimo do produtor Albert 'Cubby' Broccoli, tinha 58 anos e excluiu-se de "007 - Agente Secreto" porque só queria fazer um filme.
  • Podemos entreter-nos com a ideia de que o James Bond nos livros tinha muito poucos escrúpulos em matar, mas era um sedutor (como acontece agora na versão Daniel Criag), uma espécie de Henry Higgins mais psicótico, mas os produtores acharam que Sean Connery seria melhor nas cenas de ação. Correu tudo bem: dois anos após o primeiro 007, o ator ganharia o Óscar com "Minha Querida Lady" (1964).
  • Nos tempos mais recentes recordado como o Rei Eduardo I em "Braveheart" (1995), foi uma das grandes estrelas nos anos 1960 pelas séries "Danger Man" e "The Prisoner", mas achou a personagem demasiado promiscua.
  • Começou por recusar em 1958 e 1959 por ser um conceito não testado e sem potencial; quando lhe voltaram a perguntar em 1968, quis mais dinheiro do que estavam dispostos a oferecer-lhe.
  • Ofereceram um contrato de três filmes a este estimável ator de "Assim Nasce Uma Estrela" (1954) e "Intriga Internacional" (1959), mas ele só se queria comprometer para dois.
  • Ator galês com uma série de sucessos na segunda metade dos anos 50, também não se quis comprometer aos 33 anos num contrato de três filmes. Alguns anos mais tarde, perguntaria ao produtor Albert Broccoli se podia ser vilão na saga.
  • 'O produtor Cubby Broccoli quis que eu fizesse um teste filmado para James Bond quando estava a preparar "007 - Agente Secreto" em 1961. Recusei porque achei que estava abaixo de mim. Achei que Bond não teria sucesso no cinema. Foi um dos maiores erros da minha carreira. Sempre que um novo filme se torna um êxito gigantesco dou cabo da cabeça. O Cubby e eu temo-nos rido à conta disto desde essa altura' (declarações de julho de 1986)
  • À conta dos filmes mitológicos, este antigo Mr. Universe tornou-se a estrela de cinema mais bem paga na Europa e recusou a oferta para ser James Bond por achar o salário baixo.
  • Irlandês bonito e atlético, capitão pára-quedista durante a Segunda Guerra Mundial, com pouco mais de 30 anos, vasta experiência em filmes de capa e espada e uma das grandes estrelas britânicas do seu tempo graças a títulos como "A Man Called Peter", "Esquadrilha Heróica" (1955) e "Santa Joana" (1957), parecia a escolha perfeita e era o preferido de Ian Fleming, mas um conflito de agenda deu o papel a Connery.
  • Em 1967, com Sean Connery cada mais insatisfeito e caro, os produtores Albert Broccoli e Harry Saltzman pensaram neste ator que acabara de provar o seu valor como outro agente, Harry Palmer, em três filmes produzidos pelo segundo: "O Caso Ipcress", "O Meu Funeral em Berlim" e "Um Cérebro Por Um Milhão". Mas Caine recusou "007 - Ao Serviço de Sua Majestade", que iria para George Lazenby, pois receava ficar permanentemente associado ao género.
  • Uma batota pois chegou a ser James Bond, mas justificada pelo facto de ter recusado pelo menos três vezes, o que será um recorde: em 1967 e 1972 por se achar muito novo e não querer suceder a Sean Connery (tal como disse Roger Moore em 1967), e novamente em 1979 por não gostar da direção que os filmes estavam a tomar. Finalmente, quase falhou a oportunidade em 1986 por causa do compromisso para fazer "O Perigo é a Minha Profissão", uma das maiores bombas da carreira de todos os envolvidos (Brooke Shields, etc.), mas houve uma abertura de agenda e aceitou fazer "007 - Risco Imediato" (1987) e depois "007 - Licença para Matar" (1989). Mal recebidos na época, têm vindo a ser positivamente reavaliados.
  • Outro dos considerados para substituir George Lazenby após o fiasco "007 - Ao Serviço de Sua Majestade", deixou um relato detalhado: "Há muitos anos, quando era novo e tinha cabelo e era bastante magro, 'Cubby' Broccoli levou 10 atores do teatro para os entrevistar num escritório no West End e eu fui um deles. 'Não posso ser James Bond porque sou careca, tenho queixo duplo e seios de mulher.', disse-lhe. Ele respondeu: 'Sean Connery também. Por isso colocamos-lhe uma peruca e dois sacos de pele cheios de gelo atados ao peito antes de rodar quando está nu com as raparigas. Portanto, você podia fazê-lo bem.' E depois não me ofereceu o papel.'
  • Abordado pelos produtores em 1970, sentiu que Bond era inglês (Burt Reynolds evocou a mesma razão) e pertencia a Connery, mesmo quando lhe disseram que este não queria voltar. Pouco depois, o responsável do estúdio Universal fez saber aos produtores que o ator escocês tinha de ser convencido a regressar e que o dinheiro não era problema. O que explica o seu regresso para "007 - Os Diamantes São Eternos" (1971).
  • Reza a lenda que ofereceram o papel em "007 - Os Diamantes São Eternos" (1971) ao ator da série "Doomwatch" e que voltaram atrás com o regresso de Sean Connery. E estava ocupado com outros projetos quando Roger Moore foi escolhido.
  • Chegou a assinar contrato para "007 - Os Diamantes São Eternos" (1971) e pagaram-lhe à mesma depois do regresso de Sean Connery. A seguir, esteve para entrar em "007 - Vive e Deixa Morrer" (1973), mas aí o produtor Harry Saltzman insistiu num britânico.
  • Quando o envolvimento de Roger Moore, já com 55 anos, ficou tremido antes de "007 - Operação Tentáculo" (1983), um dos nomes levados em consideração foi o deste popular quebra-corações graças à série "Marcus Welby, M.D.". Chegou mesmo a fazer um teste com uma cena de Connery para "007 - Ordem para Matar" (1963) e a comprar casa em Londres. Dificilmente se voltará a encontrar algo do género nas redes de partilha de vídeos, principalmente de um ator norte-americano.
  • Roger Moore despediu-se em baixa com «007 - Alvo em Movimento» (85) e um potencial sucessor foi Gibson, já liberto de «Mad Max» e pronto para conquistar o resto do mundo. O estúdio queria-o, mas Albert Broccoli não gostou que ele fosse australiano (na verdade, nasceu nos EUA) e demasiado baixo, eliminando-o da lista de candidatos.
  • Também foi convidado para substituir Moore, mas a série "Remington Steele", onde era um charmoso ladrão a passar por detetive, estava no auge e não foi libertado pelos produtores. Quando mais tarde o destino da série ficou incerto, foi Brocolli que não quis que Bond ficasse associado à televisão. Mas nem tudo ficou perdido...
  • Este ator irlandês então com 38 anos que muitos julgam ser da Oceânia, muito popular pela série "Reilly - Rei dos Espiões" (1983), foi um dos ponderados para "007 - Risco Imediato" (1987). Esteve mesmo quase, todos gostaram do teste. Até que gostaram ainda mais do de Timothy Dalton...
  • Com a saída de Timothy Dalton após dois filmes e até se regressar a Pierce Brosnan para «007- Goldeneye», este ator chegou a fazer um teste após a nomeação para o Óscar pela revelação em "A Lista de Schindler". Tinha 31 anos, a mesma idade de Sean Connery, mas os produtores acharam que não era suficientemente conhecido. Voltou a ser ponderado em 2004, mas aí os 41 anos já jogaram contra si. Nem tudo se perdeu: agora é o patrão do agente secreto. Um cargo que, a avaliar pelo que aconteceu à antecessora, já não é tão seguro como antigamente...
  • Candidato para substituir tanto Roger Moore como Timothy Dalton, mas da segunda vez, gostaram dele ainda mais, mas para ser o vilão Alec Trevelyan, outro agente do MI6 que trai Bond. Claro que se tivesse sido o eleito, ter-se-ia invertido a elevada taxa de mortalidade que aflige as suas personagens.
  • Foi longa a jornada até se tornar uma estrela de cinema e quando isso finalmente aconteceu com "A Lista de Schindler", já tinha 41 anos. E com perspetivas de conseguir bons papéis dramáticos, recusou a oferta porque... não queria fazer filmes de ação. Passariam vários anos até descobrimos que tinha 'uma série de talentos muito específicos'...
  • Parece que o oitavo "Dr. Who" fez um teste que impressionou toda a gente. E diz que seria a segunda escolha se as negociações com Pierce Brosnan acabassem mal.
  • Um dos muitos atores considerados após a saída de Pierce Brosnan (Jude Law, Hugh Jackman, Julian McMahon, Rupert Friend, Dougray Scott), mas disse logo que não estava interessado. A carreira sobreviveu a isto e a "Mamma Mia" para ainda ganhar um Óscar..
  • Foi convidado para "Casino Royale", mas acabara de sair de uma saga galática e receou ficar limitado pela personagem.
  • Passou pelo processo de audições e de acordo com o ator atualmente na série de sucesso "Arrow", não foi por ser negro que acabou por perder o papel, mas por já ter aparecido como secundário em três filmes da saga.
  • Mostrar que ficava tão bem num fato de cerimónia em "Croupier" (1998) acabou por funcionar como uma audição para o papel. Esteve muito perto, mas os atuais produtores da saga, Barbara Broccoli e Michael G. Wilson, não quiseram dar-lhe uma percentagem dos lucros e avançaram para Daniel Craig.
 
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