“Interessa-nos que as pessoas tomem consciência do que é o setor da cultura e participem [nos eventos] mais do que procurar talentos”, afirmou à agência Lusa Hugo Ferreira, da cooperativa cultural Omnichord.
Dez anos depois de andar nas escolas de Leiria a descobrir talentos e conseguir contratos de trabalho no universo musical para uma dúzia de alunos, a editora está a levar o programa “A música dá trabalho” a vários concelhos do país.
Para o programador, o objetivo é “estimular os alunos” para a cultura, através da música, dando a conhecer-lhes as várias profissões e as possíveis saídas profissionais do setor.
“Queremos usar a música como meio para explicar que diferentes valências são complementares numa tarefa ou profissão”, disse.
Surma, Karyna Gomes, NBC e o grupo Guarda Rios, os três últimos originários de Torres Vedras, vão por isso, em alguns casos, voltar às suas escolas, para falar da sua experiência profissional e dar um concerto.
Os alunos vão receber o livro “A música dá trabalho”, com explicações sobre 22 profissões ligadas ao setor, e assistir ao espetáculo e a todas as fases inerentes, desde a montagem do palco com luz e som às tarefas de desmontagem do material.
“O setor da música não é só feito de músicos e compositores, mas de técnicos de luz e som, assistente de palco, agente, intérprete, ‘designers’, entre outros, que têm de trabalhar em conjunto”, explicou Hugo Ferreira.
Depois de ter voltado este mês às escolas de Leiria, o programador notou “mais jovens a participar nos programas culturais da cidade”.
A primeira edição deu já origem a um documentário disponível na plataforma online Youtube.
Em Torres Vedras, o programa vai passar pela Escola Básica Carlos Bernardes (6 março), Escola Secundária Henriques Nogueira (7), Externato de Penafirme (8) e pela sala de espetáculos Bang Venue (11).
O projeto segue para Alcobaça, ainda em março, e depois para Ourém e Santarém, voltando pelo meio a Leiria.
Comentários