Pela primeira vez em Portugal e a abrir as hostilidades no palco Super Bock, a banda neo-zelandesa The Naked and Famous apresentou o seu último trabalho, “Passive Me Aggressive Me”. Os singles Young Blood e Punching In a Dream animaram a plateia que se resguardava dentro da tenda, protegida do sol, e que aplaudia entusiasticamente a sua estreia emterritório português.
Já no palco Optimus (palco principal do evento) os The Twilight Singers apresentavam os temas de “Dynamite Steps” – o seu mais recente álbum de originais, não se esquecendo, porém, das canções dos seus trabalhos anteriores. Os norte-americanos foram recebidos com fortes aplausospor uma plateia que começava a compor-se (nem que fosse para guardar lugar para ver os Coldplay). Com uma sonoridade a puxar para o rock alternativo, os The Twilight Singers conseguiram dar um toque mais indie à sua músicae transmitir a sua garra em palco. Foi uma boa opção para a inauguração do palco principal.
Passámos mais uma vez pelo palco Super Bock, onde os Avi Buffalo deram o ar da sua graça. Com ar de teenager, a banda californiana, estreante em ambientes lusos, conseguiu transmitir boas sensações à plateia que, sentada,ia contribuindo com aplausos. O single de estreia, What’s In It For, foi o ponto mais alto da actuação. No fim do concerto, a banda presenteou o público com comida trazida do backstage e disponibilizou-se para tirar umas fotografias com os fãs mais dedicados.
Quase em simultâneo, Mona (no palco Super Bock) e Grouplove (no palco Optimus) alegraram o grande público.
Vindos de Nashville, Tennesse (a terra do Rock), os Mona foram a grande surpresa do dia. A banda liderada por Nick Brown deu um concerto repleto de energia e sem pausas - tirando a parte em que o vocalista pediu adois jovens para se levantarem, pois achou uma "falta de respeito" estarem sentados em vez de estarem a “curtir o rock”. Os singles Listen To Your Love, Tenneger e Shootin’ The Moon fizeram os fãs quase chorar de alegria.O ponto alto da performance foi quando o vocalistase colocoujunto da grade acumprimentar e cantar com o público. Ficou a promessa de quererem regressar ao nosso país.
Já os Grouploveconseguiram dar bem a volta aos problemas técnicos que ocorreram durante as primeiras músicas, com um público atransmitir força durante todo o concerto, saltando, gritando e aplaudindo toda a acuação.
James Blake, a estrela britânica do momento, levou ao rubro a tendaque acolhia opalco Super Bock. Embora a música de Blake funcione melhor em recintos fechados, toda a serenidade e harmonia transmitida pelo «jovem encantado dos sintetizadores», fez-se sentir quando cantou I never learned to share, Limit to your love e Lindersfarne I, II. O público mostrousaber aletra das músicas de cor e salteadoe Blake, por sua vez,mostrou-se surpreendido e bastante agradado com todo o carinho que lhe foi transmitido.
Um dos nomes mais sonantesda noitesubiu ao palco por volta das 20h40. Os Blondie, liderados pela loira Debby Harry, que estavaliteralmente pronta para participar numa aula de ginástica, remeteu toda a gente para um passado recente.Em palco, foram revisitadosgrandes êxitos do colectivo,como Call Me, Maria e Hanging on a Telephone.Parasurpresa de muitos, Debby aindaencantou a plateiacomuma cover de Fight For Your Right, dos Beastie Boys. Recentemente, os Blondie lançaram um novoálbum de originais, mas foram os grandes êxitos dos anos 70 e 80 que fizeram as delícias do público, que se mostrou bastante feliz e de sorriso rasgado com este reencontro.
No palco secundário, a jovem Anna Calvi também encantava o público com a sua grande performance. Apresentou o seu álbum homónimo e alguns dos seus singles, deixando também a plateiasurpreendida com o seu talento.
Eeis que chega o momento mais esperado da noite. Chris Martin e os seus companheiros deaventura sobiram ao palco principal do certame sob um forte espectáculo de luz emuita euforia por parte dos fãs. Ao fim deseis anos, os Coldplay regressaram a Lisboa, desta vez para um concerto bastante diferente daquele que havia sido dado no Pavilhão Atlântico.
Ao longo de quase 1h30,assistiu-se auma enorme festa: fogo de artificio, efeitos de luz sob forma de raios laser, chuva de papelinhos e balões coloridos preencheram os corações de todos (até dos mais cépticos). Com uma setlist recheada de êxitos como Yellow, In My Place, Viva La Vida, The Scientist e Viollet Hill, Chirs Martin ainda subiu ao palco para um encore mais que implorado, ondeforaminterpretadasClocks, Fix You e o mais recente e colorido single, Every Teardrop is a Waterfall.
Digirindo-se ao público quase sempre em português, o vocalista agradeceuconstantemente a oportunidade de voltar a tocarentre nós, frizando quese sentia muito honrado pela oportunidade de teractuado a seguir a uma grande banda (referindo-se aos Blondie). Foi, sem dúvida, o melhor e mais aparatoso concerto da noite para os milhares de pessoas que estavam no recinto.
Depois do caos instalado para a saída, Patrick Wolf ainda conseguiu encher o espaço do palco Super Bock. O jovem e multifacetado artista, bem conhecido dos portugueses, divertiu bastante o público, enquanto se divertia também. Sempre animado, Patrick Wolf desceu várias vezes para junto da plateia. No final, agradeceu a todos a oportunidade de voltar ao nosso país, ao qual espera "regressar brevemente". O público entrou em êxtase, claro está.
Outra surpresa, neste mesmo palco, foram os Example, que terminaram a noite em grande.
Durante todo o dia, as animaçõesforam uma mais valia no recinto, entre jogos e pontos de venda de entretenimento.
Texto: Ana Cláudia Silva
Fotografias (EM ACTUALIZAÇÃO): Filipa Oliveira
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