“No seu primeiro concerto como maestro titular da Orquestra Sinfónica, Baldur Brönnimann dá início à abertura oficial do país tema Alemanha, à integral dos concertos para piano de Beethoven e à retrospetiva Helmut Lachenmann, compositor em residência 2015”, indicou a Casa da Música, em comunicado.

Em entrevista à Lusa, o contrabaixista Florian Pertzborn, com a Sinfónica desde 1989, disse que foi com “grande alegria” que viu o seu país de origem ser escolhido como tema de 2015.

Sobre o atual papel da Alemanha no contexto da crise económica e social da Europa, Pertzborn disse considerar que “a Alemanha não está mal com Portugal, nem o contrário” e afirmou acreditar que se vai dar “uma grande mudança”.

“A Europa não pode ser só a Alemanha, tem de ser os outros países, a Europa tem de ser como uma orquestra sinfónica, não pode haver só um instrumento que toca”, declarou o músico.

O programa do concerto de hoje vai incluir a abertura de “O Franco Atirador” de Carl Von Weber, “Schreiben”, de Lachenmann, e o Concerto para piano e orquestra n.º 4, em Sol maior, op. 58 de Ludwig Van Beethoven.

O ciclo de abertura “Uma história da Alemanha” prossegue com diversos eventos ao longo do fim de semana, como a atuação do Remix Ensemble, no sábado, com um programa que inclui peças de Wagner e Lachenmann.

No domingo, Jonathan Ayerst vai dar continuidade ao ciclo de piano EDP, quando interpretar peças de Bach a Brahms naquele que é “provavelmente o mais alemão dos instrumentos”: o órgão.

@Lusa