Depois de um primeiro fim de semana em que a organização, a Liga dos Amigos do Alcaide (LAA), afirmou ter tido “a maior enchente” das 14 edições do evento, “com perto de 40 mil visitantes”, para os próximos três dias de atividades continuam abertos cerca de 40 espaços para servir pratos com o fungo na ementa, espetáculos de rua, cozinha ao vivo, oficinas, jogos tradicionais, banhos de floresta e caminhadas inspiradas na prática japonesa shinrin-yoku.

Este Míscaros nas Calmas pretende prolongar a experiência do festival e “dar oportunidade às pessoas de desfrutarem mais tranquilamente, sem filas”, salientou, em declarações à agência Lusa, Fernando Tavares, presidente da LAA, que organiza o Míscaros em parceria com a Câmara do Fundão.

Na Arena Gardunha, tenda instalada na Aldeia de Montanha do distrito de Castelo Branco, há na noite de sexta-feira concertos, a partir das 22h00, com os Blue Velvet, Jerónimo e os Cro Magnon e DJ Miguel Proença, enquanto no sábado sobem ao palco Meta_, Bandua e DJ Dom Beijo.

O programa contempla, além da dinamização de passeios micológicos com especialistas, para identificar algumas das mais de 500 espécies existentes na serra da Gardunha, também a exibição do documentário “A serra: a ancestralidade do futuro”, danças do mundo ou oficinas para fazer animais em madeira.

Segundo Fernando Tavares, a decisão de ter o Mês do Cogumelo, com iniciativas até 9 de dezembro, deveu-se à necessidade sentida de dar resposta à habitual elevada procura, que nem sempre permitia a todos os visitantes experimentarem tudo o que pretendiam.

Segundo o vice-presidente da Câmara do Fundão, Miguel Gavinhos, o Míscaros - Festival do Cogumelo tem na economia e turismo locais um “impacto muito significativo” e representa uma circulação de “cerca de meio milhão de euros” no concelho, entre as transações feitas no evento e a hotelaria e espaços de restauração.

A programação completa pode ser consultada na página do Míscaros, em www.festivalmiscaros.pt.