Enquanto não se ouvia a voz do artista, aproveitava-se para abastecer o último copo de cerveja. Entretanto, surgem três vozes de coro femininas, para logo depois o inconfundível Beres, com a sua boina preta, dar as boas-vindas com "No Goodbye".

"Portugal, my family", gritou o músico, bastante aplaudido pela audiência. Seguiu-se "Step Aside" que deu uma lição de respeito aos presentes, com letra que tece um elogio à Mulher.

O músico cantou também "She Loves Me Now", do início dos anos 90, e as vozes femininas contribuíram para animar quem não prescindiu de Beres, ao inflamarem ainda mais a voz do artista.

Numa coreografia impecavelmente sincronizada, quase visceral, as afro-bailarinas agitavam-se dentro dos vestidos cor púrpura decotados q.b., enquanto as meninas da audiência as tentavam imitar.

E ele esbarrigava-se, pulava e parecia um adolescente de 13 anos, tal éo seu à-vontade em palco. Em todas as canções ouvia-se "My Portugal", entre o inglês jamaicano e as onomatopeias africanas.

No palco, improvisou pequenas quadras dedicadas à família portuguesado Reggae, ao ritmo sonoro da equipa musical de, pelo menos, doze músicos.

"Tempted to touch", "Double Trouble", "Putting Up a Resistence" e "Rockaway" completaram o repertório que o artista jamaicano apresentou aos festivaleiros.

Texto: Nuno de Noronha