A proposta inicial do Governo era subir a taxa de IVA nas atividades culturais de seis para 23 por cento, mas acabou por se chegar à proposta da taxa intermédia de 13 por cento.

O setor livreiro é o único que mantém a mesma taxa de IVA, nos seis por cento.

Face a este aumento, várias promotoras de espetáculos anteciparam para dezembro a venda de bilhetes para eventos que só se realizarão em 2012, nomeadamente festivais de música como o Rock in Rio Lisboa e o Optimus Alive.

Apesar desta estratégia, os agentes culturais preveem uma quebra no consumo no setor no próximo ano.

Empresas promotoras de espetáculos como a UAU e a associação Música PT, que reúne empresas de agenciamento de artistas, consideram que mesmo ficando a uma taxa intermédia, o aumento do IVA vai causar uma redução do número de espetadores e «aniquilar» grande parte da apresentação da música portuguesa ao vivo.

No cinema, a ZON Lusomundo, líder no mercado das exibições comerciais, anunciou que o preço dos bilhetes subirá entre 40 e 60 cêntimos. Atualmente, os preços dos bilhetes de cinema variam entre os 4,50 e os 8,60 euros.

O Sindicato dos Músicos, dos Profissionais do Espetáculo e do Audiovisual alertou que esta subida do IVA, «acompanhada de outras medidas de desorçamentação do setor, levará a que muitas estruturas artísticas recorram a despedimentos e que precarizem ainda mais os vínculos laborais dos trabalhadores que mantiverem a seu cargo».

@Lusa