Em declarações à agência Lusa, Francisco Quintas, da organização do FMI, explicou que o objetivo deste festival “não é ter lucro”.

“Nós queremos é que quem normalmente não assiste a concertos por causa do preço dos bilhetes tenha a oportunidade de contornar a crise e divertir-se a pouco custo”, afirmou.

Ao todo, serão 42 bandas distribuídas por dois palcos e o bilhete diário tem um “preço total” de dois euros por dia.

A organização do evento, “sensível aos problemas económicos do país”, explica que o preço dos bilhetes teve em consideração o público-alvo do evento.

“Este festival está essencialmente pensado para um público jovem. Nós sabemos que esta é uma faixa social onde reina a precariedade laboral e a falta de emprego. Mas ao mesmo tempo é malta que se quer divertir e ouvir boa música”, explicou o responsável.

O próprio nome do festival, FMI, é um “trocadilho” com “uma ponta de irreverência a provocação”.

“Vamos fazer isto com manda a troika, a baixo custo. Mas com qualidade”, garantiu Francisco Quintas.

Um dos objetivos do FMI é, também, “divulgar bandas independentes, que não têm ligação a editoras”.

“Vamos ter uma grande multidisciplinaridade de sons e estilos musicais. Vão atuar 42 bandas de vários pontos do país e não só. É também uma oportunidade destes músicos mostrarem o trabalho que desenvolvem”, afirmou Francisco Quintas.

Assim, pelo FMI vão passar bandas como os lisboetas B Fachada e Noiserv, os bracarenses Smix Smox Smux, os portuenses O Bisonte e Salto.

Além das bandas nacionais, o FMI conta com bandas internacionais como os espanhóis The Coras, ou, a solo, a canadiana Kathryn Calder e o luxemburguês Sun Glitters.

O festival, que terá ainda duas “after-parties” e uma feira de artesanato, esta inserido na fase de preparação para a Capital Europeia da Juventude, Braga 2012.

“O facto de nos termos associado a Braga 2012 permitiu que fosse muito mais fácil tratar da parte burocrática do evento. Além disso faz todo o sentido esta associação já que este e um evento vocacionado para a juventude”, explicou Quintas.

O festival vai ter lugar na Escola Sá de Miranda e os ingressos deverão ser adquiridos nas bilheteiras colocadas à porta do recinto nos dias do evento.

@Lusa