Melingo, de 57 anos, atua no dia 30 de março na casa da Música, no Porto, e, no dia seguinte, no grande auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa. “As suas canções pegam no tango e retorcem-no, sem nunca o descaracterizar”, afirma em comunicado a promotora, referindo que, “ao vivo, Melingo é um ator possuído que vive as histórias negras de que falam as canções”. O jornal inglês The Guardian, por seu turno, fez notar que “a extravagante teatralidade dos seus concertos irá conduzir Melingo ao sucesso internacional”.

Melingo começou por tocar com o brasileiro Milton Nascimento. Na década de 1980, quando a Argentina estava sob ditadura militar, Melingo participou em várias peças de teatro independente.

A sua participação na ópera-rock "O julgamento do Dr. Moreau", encenada por Victor Kesselman, com Los Twist, chamou a atenção e foi convidado para saxofonista dos Los Abuelos de la Nada. Deixou a Argentina e, em Espanha, criou a banda Lions in Love.

De regresso à Argentina tornou-se um cantor de tangos, o género nacional argentino, tendo editado, em 1998, o álbum "Tangos bajos".

Desde então editou mais quatro álbuns, ganhou um Prémio Gardel para o Melhor Intérprete, pelo álbum "Maldito Tango", de 2008, que lhe valeu uma nomeação para os Grammy Latinos, na categoria Melhor Álbum.

Melingo já atuou várias vezes em Portugal, quer a solo, quer em concertos de Rodrigo Leão, com quem colabora no álbum "A Mãe", no tema "No Sè Nada".

Data de 2011 a última apresentação do argentino em Lisboa, com álbum "Corazón & Hueso", no grande auditório da Fundação Gulbenkian.

@Lusa