A segunda noite do Christmas Club começou com os portuenses Salto. Esta foi uma noite um pouco menos povoada pelo público da Invicta, no entanto, a julgar pela "pica" dos dois protagonistas em palco ninguém diria que isso terá influenciado de alguma forma a sua prestação. Estes moços não se deixam intimidar, e coragem é coisa que não lhes falta.

Sim, porque nos dias que correm é preciso ter coragem para fazer um milkshake do rock, do pop e da electrónica, tudo na mesma música. E em várias. Nós que estamos habituados a classificar tudo em géneros musicais ou estilos, nós que estamos sempre prontos a colar um rótulo naquilo que vemos e ouvimos, para esta banda devíamos ter um "frasquinho" que dissesse: "Tudo e mais alguma coisa no bom sentido". Posto isto não será difícil concluir que os Salto fizeram mais uma vez um óptimo trabalho, altamente reconhecido pelo público e até pela maior parte das bandas presentes, que não deixaram de elogiar largamente a dupla.

Começou bem esta segunda noite da festa natalícia, e assim continuou na companhia dos peixe : avião. A banda de Braga optou por uma abordagem à "toma lá que já almoçaste", e decidiu começar por introduzir o espectáculo com alguns minutos de noise, o que prendeu o público desde o primeiro instante. Os peixe : avião conseguiram logo à partida criar uma atmosfera que nos envolveu a todos, para além até do aspecto sonoro, apresentando um trabalho fantástico em termos luminotécnicos, que se harmonizou na perfeição com a sua sonoridade. O resultado foi um começo arrasador e vibrante que se reflectiu em todo o espectáculo, orientado ainda para a promoção do seu último álbum "Madrugada".

A fechar os concertos na sala dois, estiveram os Norton com o seu último álbum "Layers Of Love United". É a primeira visita da banda ao Porto desde que este foi lançado, e tal como nos diz o vocalista Pedro Afonso, "Alguma coisa não está bem" quando assim é. Por isso é de braços abertos que os recebemos no Hard Club, numa visita há muito esperada, e o palco foi pequeno para conter a energia contagiante dos temas. Ainda houve tempo para que revisitássemos o single Pump Up The Jam, para grande satisfação do público. Este foi um dos pontos altos do concerto, e Pedro Afonso não se conteve e saltou literalmente para junto do público para cantar com todos. "Vou muito mais contente para casa", confessa ainda ofegante. Fecham com o segundo single do novo álbum, Coastline, e é com ele que nos deixam, esperemos nós, que não por muito tempo.

Chega por fim Amor Electro, a banda pela qual muitos esperavam ansiosamente. Este é um dos presentes de Natal do Hard Club aos fãs da banda, que com certeza não contavam com uma visita tão cedo. E foi com exuberância e força que fizeram desfilar o conhecido repertório do álbum de estreia "Cai o Carmo e a Trindade". Mariza Liz manteve-se constantemente em contacto com o público que lhe respondeu acompanhando os temas com grande entusiasmo. Quase que acabaram no registo intemporal do Barco Negro e o palco repleto dos tão portugueses bombos. A banda ainda se despediu e deixou o palco, mas não resistiu a voltar para cantar com o público, pela segunda vez, o seu maior sucesso: A Máquina.

Uma noite em cheio, sempre com a música portuguesa em primeiro plano. Assim continua, hoje pela mão de Jorge Palma, o bolo-rei deste banquete natalício.

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