“O Invicta. Música. Filmes não se trata só de cinema com música ao vivo. É também de música para cinema”, disse hoje o diretor artístico da instituição, António Jorge Pacheco, durante um encontro com jornalistas, que salientou que a edição inaugural, no ano passado, contou com uma maioria de espetáculos esgotados.

Assim, o ciclo arranca sexta-feira com um concerto de “Música no Cinema” da Orquestra Sinfónica do Porto, que vai interpretar, com presença do pianista Vadym Kholodenko, peças de Sibelius, Mozart e Beethoven, escolhidas por se cruzarem com filmes como “Caça ao Outubro Vermelho”, “Elvira Madigan” e “O Discurso do Rei”.

No dia 11 de fevereiro, o Remix Ensemble vai interpretar uma banda sonora de Pascal Schumacher para “The Woman One Longs For”, de Curtis Bernhardt, filme de 1929 com Marlene Dietrich que vai ser projetado em simultâneo.

No dia 15, o outro cineconcerto, também de 1929, vai levar a Orquestra Sinfónica do Porto a interpretar a banda sonora de Chostakovitch para “A Nova Babilónia”, a primeira que o compositor russo fez.

Durante o período do ciclo vai ter também lugar o cineconcerto Bandas Sonoras Instantâneas II, com filmes de animação japoneses, cujas bandas sonoras vão ser feitas a partir de um “improviso controlado” que é a técnica de “soundpainting”, explicou o coordenador do Serviço Educativo da Casa da Música, Jorge Prendas.

No último dia do Invicta. Música. Filmes vai ainda decorrer o espetáculo Bandas Sonoras de Bolso, concebido e interpretado pelo coletivo Aquilo que Vocês Quiserem, cinco estudantes de cerca de 20 anos que realizam uma “interpretação original de bandas sonoras do cinema”.

António Jorge Pacheco disse que este festival é para continuar, sendo um “tema extremamente estimulante para programar”, que procura chegar a um “público mais vasto”, ou seja, que abranja também os cinéfilos interessados.

@Lusa