Ana Moura dá ao arranque no sábado aos “Concertos de Verão – 10.º Festival de Músicas do Mundo, que decorre até 23 de agosto e dá a oportunidade de assistir gratuitamente a “grandes concertos”.

Rui Araújo, responsável pela programação do teatro municipal, disse hoje à agência Lusa que esta edição vai proporcionar um total de 23 concertos, aos sábados no auditório exterior e às sextas-feiras na esplanada do café concerto.

“Este festival tem uma vertente feminina muito forte. Há uma aposta na apresentação das novas vozes e nova geração da música portuguesa no feminino”, salientou.

Ao palco transmontano vão subir ainda Teresa Salgueiro, Cuca Roseta, Diamantina, Márcia, Luísa Sobral e a irlandesa Niamh Ni Charra, que traz a música celta a Trás-os-Montes.

De Espanha vem ainda Luís Pastor, que atua a 3 de agosto e interpretará músicas inspiradas no escritor português José Saramago. Os portugueses Melech Mechaya, com a influência klezmer e balcânica, regressam a Vila Real, mas desta vez para atuarem no grande palco do auditório exterior.

Rui Araújo salientou que a edição deste ano faz uma “forte aposta” na produção nacional. “Os tempos de crise podem ter este lado de solidariedade entre nacionais. É claro que é também mais fácil fazer uma programação nacional por questões orçamentais, mas por outro lado torna-se mais interessante fazê-lo deste modo, precisamente para apoiar a produção nacional”, salientou.

Os concertos de sexta-feira são duplos, com início às 22:30 e depois repetem às 23:30. Por ali vão atuar os Al Medievo, Dunya, Sons da Suévia, Curinga, Gurí Trio e os Capagrilos, em concertos mais próximos dos espetadores. Neste espaço atuam artistas menos conhecidos do grande público.

“Há concertos para todo o género de públicos. Sendo concertos de entrada livre são naturalmente dirigidos ao grande público”, frisou.

Em Vila Real vão misturar-se sons do mundo, desde o fado, a canção de autor ou fusão da eletrónica com música tradicional. Se as condições atmosféricas forem adversas, os concertos passam para o interior do teatro.

O orçamento para esta edição ronda os 40 mil euros, comparticipados por fundos comunitários, verba inferior à do ano passado.

A edição do ano passado contou com uma assistência de cerca de 13 mil alunos.

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