O Conselho de Administração (CA) cessante faz notar que este resultado advém do “forte impacto da decisão do Estado português de reduzir o apoio financeiro em mais um milhão do que o previsto para 2012, decisão conhecida apenas em 30 de novembro passado, decorrido, portanto, praticamente todo o exercício de 2012”.

De qualquer forma, o Conselho de Fundadores, em reunião que começou às 16:30, e de onde deverá sair um novo CA, aprovou o relatório e contas por unanimidade e com um voto de louvor à Administração cessante.

O relatório recorda que “o apoio financeiro inicialmente acordado” ascendia a 8 de milhões “o que representava já um corte de 20% em relação ao estabelecido no decreto-lei que institui a Fundação, mas foi reduzido para 7 milhões de euros, aumentando o corte para 30%”.

Sem este corte a Casa da Música poderia ter um resultado positivo, “pois logo no final de 2011, para fazer face à redução do financiamento público, foi decida a suspensão de 54% da programação em número de concertos, concentrando a oferta da música erudita, Serviço Educativo e digressões, o que resultou na redução de 2,12 milhões de euros de custos variáveis”.

Ao longo de 2012, a Casa da Música contabilizou 1620 concertos e atividades do Serviço Educativo, 486 mil espetadores e visitantes, dos quais 209 mil espetadores participantes em atividades do Serviço Educativo.

Segundo o documento, “a quebra prevista de 54% no número de concertos não se concretizou” graças a um novo modelo de programação, que permitiu a realização de 125 concertos “para além do estabelecimento no orçamento”. Estes concertos assentaram num modelo de “autofinanciamento” e da “intensificação das parcerias com produtores externos” e da “contribuição excecional de Fundadores”.

O relatório realça ainda “a evolução muito favorável do número de bilhetes vendidos por concerto – na parte da programação que é comparável com 2011 – que cresceu em média 16% de 375 para 435 bilhetes vendidos por concerto”.

@Lusa