O terceiro álbum de Da Chick (Teresa de Sousa) é “um álbum colaborativo”, com a participação de “15 almas, representadas na capa do disco” e que, segundo a artista em entrevista à agência Lusa, vem “de um sítio oposto a ‘Conversations with the beat”, que compôs e produziu sozinha, “numa fase muito solitária, pré-pandemia”.

“Conversations with the beat” foi editado em fevereiro de 2020 e ainda foi apresentado ao vivo uma vez, antes de o mundo ‘fechar’ devido à pandemia da COVID-19.

“Good Company” surgiu “da necessidade de partilhar música”. “De trabalhar com pessoas, de desenvolver a minha música também com outras cabeças”, contou.

Durante os dois últimos anos, “surpreendentemente”, esteve “bastante ativa e bastante criativa”. E como este novo trabalho começou a ser desenvolvido ainda em pandemia, “era inevitável isso estar refletido nas músicas”.

“Good Company” tem oito canções e “muitas são sobre superação, sobre o quão importante é encontrar o equilíbrio”.

“Haver uma esperança, haver um novo dia, tentar não ceder a pressões, e tentar rodear-me de boas vibrações, de boas pessoas, de boa companhia”, disse.

Foi quando começou a compor os primeiros temas e bases de temas que começou a perceber que “gostava que fosse um disco colaborativo” e que “ia ser ‘soulful’”.

“E comecei a convidar pessoas que sinto que partilham este gosto pela música soul e para mim representam o que de melhor há na soul portuguesa. São pessoas com quem tinha alguma proximidade, tirando o Melo D, que é um ídolo meu”, confessou.

A lista de convidados inclui, além de Melo D, Selma Uamusse, Beware Jack, Fred Ferreira, João Gomes, Moullinex, Xinobi, Eduardo Cardinho e Natasha Diggs.

“É um disco de soul, feito por pessoas da soul, pessoas com uma soul [que além de um estilo de música também significa alma] para mim muito especial e sinto que fazemos música na mesma vibração”, afirmou.

Da Chick fala igualmente de “Good Company” como uma mistura dos dois álbuns anteriores (“Conversations with the beat” e “Chick to Chick”, de 2015), mas “muito mais desenvolvido”.

“Evolui enquanto pessoa, evolui enquanto artista, sinto que me descobri neste disco a 100%, não querendo isso dizer que não vá a outros sítios no futuro, mas que é um marco de estabilidade e daquilo que andei à procura estes anos todos”, partilhou.

Os concertos de apresentação de “Good Company” estão marcados para 3 e 12 de novembro, no B.Leza, em Lisboa, e no Passos Manuel, no Porto, respetivamente.

Nestes espetáculos, Da Chick vai apresentar uma formação nova, com bateria, baixo, trompete e guitarra.

“Vou tocar algumas guitarras e teclados e vou ter convidados especiais. O disco vai ganhar uma dinâmica e uma vida nova, não desvirtuando o original. Vão ser concertos dedicados ao álbum, mas não vou conseguir resistir e trazer alguma coisa do passado”, desvendou.

Além disso, a artista está também “a trabalhar com técnicos toda a parte visual” dos espetáculos.

O aspeto visual é algo a que Da Chick dá bastante importância. “Não consigo fazer música e metê-la nas plataformas digitais. Tenho que vê-la em vídeos, em fotos, nos concertos”, partilhou.

Para a ajudar na criação da imagem gráfica do disco, convidou a artista portuguesa Kruella D’Enfer, que conseguiu condensar na capa do vinil as 16 “almas” que criaram o disco (Da Chick e os 15 convidados), um sol, que “representa um novo dia e a luz” que Teresa de Sousa tem “andado à procura”, e ainda anda, umas montanhas, “que representam os altos e os baixos”, o mar, “porque este disco também muitas referências a uma parte muito importante” da vida da cantora, o surf, e três flores, que são os três discos de originais.

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