O mais recente projecto do canadiano Devin Townsend – uma das mentes criativas mais brilhantes e carregadas de personalidade e carisma do universo da música extrema - vem substituir os Nevermore, que, na sequência das recentes e inesperadas mudanças de formação no seio do grupo, cancelaram todos os espectáculos agendados para a Europa durante o Verão.
Devin Townsend Project, que chega ao palco instalado na Lagoa do Calvão com dois dos discos mais esperados desde ano debaixo do braço, junta-se assim aos Morbid Angel, Opeth, Tiamat, Anathema, Ihsahn, Kalmah e Essence, e aos portugueses We Are The Damned, Crushing Sun, Revolution Within e Malevolence, no cartaz da III edição do festival Vagos Open Air.
Como artista a solo, produtor de excepção, membro dos extintos Strapping Young Lad – com quem integrou festivais de renome como o Ozzfest e o Download – ou vocalista do álbum “Sex And Religion”, do mago da guitarra Steve Vai, o multi-facetado músico e criador canadiano afirmou-se desde cedo como uma lufada de ar fresco num espectro em que a banalidade é frequentemente confundida com talento, sendo alvo de aplausos unânimes por parte do público e da crítica.
Depois do lançamento de “Addicted” e “Ki”, em 2009, o músico acaba de editar os dois álbuns finais da sua extravagante tetralogia sob a designação The Devin Townsend Project. Depois de, em 2007, ter colocado um ponto final na carreira dos Strapping Young Lad e de ter surpreendido muito boa gente com o tresloucado “Ziltoid, The Omniscient”, recuperou o equilíbrio e voltou ao activo há dois anos com um par de discos mais focados. Descritos pelo próprio como uma “grande viagem através de diferentes estados de alma musicais”, os sucessores “Deconstruction” e “Ghost” prometem conquistar desde já um lugar de destaque na sua vastíssima discografia. O primeiro dos dois, o mais pesado, conta com convidados tão ilustres como Mikael Akerfeldt, dos Opeth, Ishahn, Greg Puciato, dos The Dillinger Escape Plan e Frederik Thordendahl, dos Meshuggah, entre muitos outros. O segundo, que é composto por dez temas maioritariamente mais minimais e intimistas, contém algum do seu material mais calmo de sempre.
À venda nos locais habituais, os bilhetes para a terceira edição do Vagos Open Air custam entre 30 (bilhete diário) e 50 (passe dois dias).
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