Um mês depois da proclamação do fado a Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO, a editora CNM propõe uma audição de fados a partir das melodias apontadas hoje como tradicionais e sobre as quais se aplicam diferentes letras, de quadras, quintilhas, sextilhas, decassílabos e alexandrinos.

Os intérpretes escolhidos vão desde vozes de referência, como Alfredo Marceneiro, Amália Rodrigues, Lucília do Carmo, Fernando Maurício, Fernanda Maria, Argentina Santos e Carlos Ramos, a fadistas da atualidade como Rodrigo Costa Félix e Joana Amendoeira.

Fernando Maurício, falecido em 2003 e referenciado como “rei do fado”, é o mais representado, interpretando três fados: Dois Tons, Corrido e o Vitória, este através do tema “Igreja de Santo Estêvão”, um dos seus êxitos de referência.

Na coletânea seguem-se com dois fados cada um, Argentina Santos, Ricardo Ribeiro, Gonçalo Salgueiro e Manuel Cardoso de Menezes.

Os três fados nucleares – Mouraria, Menor e Corrido - são defendidos, respetivamente, por Lucília do Carmo, Alfredo Marceneiro e Fernando Maurício.

Paralelamente, a editora discográfica lançou o álbum “Fado Património”, que reúne 15 fadistas, entre eles, os “históricos” Amália Rodrigues, Alfredo Marceneiro e Fernando Maurício, e ainda Celeste Rodrigues, Argentina Santos, Fernanda Peres e Vicente da Câmara.

Da escolha de “Fado Património” faz parte ainda o cantor e ator madeirense Max, de quem foi escolhido o tema “A Rosinha dos Limões”, música do próprio artista com letra de Artur Ribeiro.

@Lusa