A iniciativa, com entradas livres, é organizada pelo município de Mértola e tem também como objetivos divulgar “a história e o património de Mértola, em particular da época islâmica”, em que era conhecida como Martulah.
“A par da sua dimensão cultural, o festival afirma também o nosso compromisso com a promoção dos valores da paz, da tolerância, do humanismo e da cidadania para todos”, reforçou à agência Lusa o presidente da câmara municipal, Mário Tomé (PS).
Segundo o autarca alentejano, “é o caráter genuíno, original, cosmopolita, intercultural, comunitário e humanista do Festival Islâmico que faz do evento um sucesso”.
Por isso, continuou Mário Tomé, é esperada “uma edição com muita participação de público, de expositores, empresários locais, artistas e entidades convidadas”.
O eleito sublinhou ainda que, para Mértola, o Festival Islâmico “é a oportunidade maior de se comunicar como território de cultura e património, de atrair e vincular turistas, de gerar riqueza económica e de fomentar novas parcerias”.
“Este festival integra ainda uma estratégia de desenvolvimento de uma oferta turística cultural ‘muslim friendly’, um nicho de mercado turístico em franca expansão e com grande potencial de retorno”, acrescentou.
A 12.ª edição do Festival Islâmico de Mértola arranca esta quinta-feira e prolonga-se até domingo, tendo como grande “destaque” o tradicional ‘souk’, um mercado árabe que vai “encher” as ruas do centro histórico da vila alentejana com os cheiros e sabores do Magrebe.
A música é igualmente um dos atrativos do evento, sendo que no primeiro dia vão atuar Eduardo Ramos (19h30) e a banda Além Cabul (22h30), que junta músicos portugueses, afegãos e norte-americanos.
Na sexta-feira atuam Dar Zyriab (19h00), Cus Cus Flamenco (21h30), Fanfarraï Big Band (23h00), TootArd (00h30) e Olka & La Vipère Rouge (2h00), enquanto para sábado estão previstos concertos dos Expresso Transatlântico (19h00), Orquestra Feminina Andalusí (21h30), Sofiane Saidi & The Mazalda (23h00), Pedro Mafama (00h30) e Ko Shin Moon (2h00).
O espetáculo de encerramento do festival está agendado para as 19h00 de domingo, juntando em palco os grupos Gnawa Trans, Coral Guadiana de Mértola e Coral da Mina de São Domingos, a Orquestra Tocá Rufar, o Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento e o músico Tozé Bexiga.
O programa do Festival Islâmico de Mértola inclui ainda oficinas de construção de cordofones, de dança, de língua e escrita árabe, de cestaria, de cante alentejano, de gastronomia ‘halal’ e de cozinha marroquina, entre outras.
Exposições de artesanato, de pintura e de cordofones, um “Espaço Criança”, um comboio turístico, sessões de contos e conferências são outros dos destaques na programação do festival ao longo dos quatro dias.
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