A oitava edição do festival vai apresentar na Culturgest, entre sexta-feira e 28 de fevereiro, a maioria dos 11 concertos previstos, e dois na Galeria Zé dos Bois (ZDB), também em Lisboa.

Em janeiro, quando a programação foi anunciada, Jorge Travassos, programador do certame, salientou que além dos concertos de músicos considerados "fundamentais para a música portuguesa", como Lula Pena e Adolfo Luxúria Canibal [no coletivo Estilhaços], o festival irá cumprir o seu objetivo de "divulgar bandas e projetos menos conhecidos do público, e que se destacaram mais no ano passado".

Exemplo disso é a Nova Orquestra Futurista do Porto, que abre o festival, na sexta-feira, no pequeno auditório da Culturgest, contando no mesmo dia com a atuação da dupla Vicente & Marjamaki.

"A orquestra reúne um grupo notável de alguns dos mais interessantes exploradores sonoros do Porto, que usam instrumentos menos convencionais, como motores, consolas de jogos ou ´laptops´ acústicos", apontou na altura Jorge Travassos, justificando, por outro lado, o convite a Luís Vicente, por ser "talvez o melhor trompetista da atualidade".

O festival vai contar ainda com as presenças do coletivo Coclea, os Gesso, os Caveira, o projeto Con Con + Joana Guerra, os La La La Ressonance, atuações de Luís Fernandes + Joana Gama, e ainda o projeto Sumbu Dunia de Rui Nogueiro, resultado de "uma busca contínua de tesouros discográficos e sonoridades alternativas".

A organização sublinhou que esta edição terá uma "presença recorde" de artistas no feminino, desde presenças individuais, como Lula Pena, ou em projetos coletivos, como a artista plástica Mariana Marques - que atuará com Con Con + Joana Guerra, e, da Nova Orquestra Futurista do Porto, Maria Mónica, Angelica Salvi e Sara Gomes.

Lula Pena irá apresentar um concerto criado especialmente para o festival, "radicalmente diferente do que tem vindo a apresentar, desta vez com colagens livres de fontes sonoras que tem vindo a construir ao longo dos anos".

De acordo com o programador do festival produzido pela Trem Azul e a Culturgest, esta edição, "reforça a vocação de dar forma e sentido às mais inovadoras e interessantes movimentações da música nacional, com projetos de proveniências geográficas e estéticas múltiplas".

Este ano, "as propostas apresentadas marcam o fortalecimento da presença da região norte do país, onde várias cidades - como o Porto, Braga e Barcelos - estão a fervilhar com diversos projetos musicais".

@Lusa