Palco Principal – Depois de mais de duas décadas de sucesso e muitas viagens pelo mundo, os Firehouse ainda conseguem visitar novos sítios, como é o caso de Portugal. É sinal de que ainda há muito para fazer, muita estrada para desbravar?

C.J. Snare – Bem, como dizemos na canção “Home is Where the Heart Is” [trad: o lar é onde está o coração], os nossos dias de viagem ainda não acabaram!

P.P. - Vocês estiveram, muito recentemente, na Índia, e tiveram mais uma grande receção. É fantástico como o rock’n roll consegue ser uma linguagem tão universal. Como é que correram os espetáculos?

C. J. S. – A primeira vez que fomos à Índia foi em 2004. Fomos como cabeças de cartaz e esgotámos um estádio, com 40 mil pessoas… Foi absolutamente fantástico. Regressámos em 2008 para mais dois espetáculos esgotados, com 43 mil e 20 mil pessoas, respetivamente. Este ano, fizemos mais dois, com 25 mil pessoas cada. A Índia parece gostar muito dos Firehouse e nós também gostamos muito dela…

P.P. – Para completar uma verão muito ativo, os Firehouse estão em digressão pelos Estados Unidos com os Trixter e os Warrant, que estão a celebrar o 20º aniversário do álbum “Cherry Pie”. Como é que estão a viver esta “reedição” da digressão conjunta de 1991 “Blood, Swear and Beers Tour”?

C.J.S. – Está a ser muito bom celebrar o que pode ser considerado como uma «longa» carreira musical. Somos muito afortunados por podermos continuar a fazer o que mais gostamos, ao fim destes anos todos.

P.P. – Os Firehouse ficaram sempre associados a baladas fantásticas como “When I Look Into Your Eyes”, “Love of a Lifetime” ou “I Live My Life for You” que, de certa forma, impediram algum do público de conhecer o vosso lado mais poderoso e pesado. Tive oportunidade de vos ver ao vivo, pela primeira vez, em 2008, e fiquei bastante surpreendida com o poder da vossa performance em palco. Enquanto cantor e artista, onde é que é mais feliz – no estúdio ou em palco?

C.J.S. – Adoro o lado criativo do trabalho de estúdio. Enquanto artista, é fantástico conseguir expressar a música que concebeste na tua cabeça, para que o resto do mundo possa ouvi-la. Por outro lado, atuar ao vivo para uma plateia é a forma, por excelência, de conseguires conhecer o teu público e teres feedback instantâneo. Há um círculo de energia muito presente num espetáculo ao vivo que não existe no estúdio. No fundo, os dois sítios têm os seus prós e contras…

P.P. – A par dos Firehouse, está muito ocupado, neste momento, com o seu projeto Rubicon Cross. Pode contar-nos como é que surgiu esta parceria com o Chris Green, dos Furyon? É algo que já pretendia fazer há algum tempo e tem ideia de passar o projeto para o palco, ou trata-se de uma oportunidade de experimentar outras influências e de trabalhar com outros músicos?

C.J.S. – Os Rubicon Cross têm sido descritos pela imprensa como “Modern Hard Rock/ Heavy Metal”, o que tem sido fantástico para mim porque, de alguma forma, permitiu-me “sair” da categoria de “Hair Band” e seguir em frente. Conheci o Chris Green em Espanha, em 2003, quando a sua banda da altura estava em tour connosco, a abrir os concertos na Europa. Ele é um guitarrista FANTÁSTICO e tornámo-nos grandes amigos. Vamos levar o projeto para a estrada, se a necessidade surgir. No momento, estamos a preparar-nos para completar o primeiro CD longa duração. Quem estiver interessado em ouvir a música, pode procurar-nos no iTunes ou em Amazon.com.mp3. Temos já um EP de edição limitada e um single que foi lançado em conjunto com um novo jogo para a PS3 e a Xbox 360. O jogo é o CodeMaster’s “Dirt” Showdowon e o single chama-se “Locked and Loaded”.

P.P. – Para terminar, deixe-me dizer-lhe que os fãs portugueses estão muito entusiasmados por poderem ter os Firehouse ao vivo em Portugal pela primeira vez...

C.J.S. – Nós também estamos muito ansiosos para ver toda a gente e conhecer os nossos fãs portugueses, cara a cara. Muito obrigado por todo o vosso apoio ao longo dos anos!

Liliana Nascimento