"Com o programa científico e artístico sobre o som, esperamos que Viseu se torne mais consciente do ponto de vista sonoro. Estão previstas mais de 60 comunicações, estando inscritas 120 pessoas de 25 países", revelou a responsável do evento, Raquel Castro.

O primeiro simpósio internacional no âmbito do som decorre em Viseu até domingo e tem por objetivo promover um debate científico e criativo em torno do design do som, do planeamento urbano e da ecologia acústica.

"Pretendemos contribuir para a discussão sobre ambiente sonoro urbano, um tópico que está na agenda política. Através de oficinas, performances, concertos, passeios sonoros e instalações no espaço público, Viseu será uma cidade acusticamente consciente e um lugar privilegiado de intersecção entre arte, ciência e vida", apontou.

O Simpósio Internacional de Som, que decorre na Escola Superior de Educação de Viseu, está dividido em três tópicos principais que serão aprofundados pelos oradores convidados: "Arquitectura e Planeamento urbanístico", com o sociólogo e urbanista Jean-Paul Thibaud, "Sons Urbanos, Identidade e Sentido de Lugar" com o artista e escritor Brandon LaBelle, e "A arte Sonora como Arte Pública" conta com a presença de Salomé Voegelin, também artista e escritora.

O evento - que tem a chancela de Raquel Castro e conta com o apoio da organização mundial World Forum for Acoustic Ecology - está integrado na programação do Festival Jardins Efémeros, e inclui a vertente "Sounding Cities" que abrange instalações sonoras ("Ouvidos para a Cidade"), concertos, “masterclasses”, oficinas e “soundwalks”.

Nos concertos, destaque para López Immersive Sound hoje às 18:30 no claustro grande do Museu Grão Vasco e Springboard com Eric Leonardson à mesma hora de domingo, na Igreja da Misericórdia de Viseu.

O Festival Jardins Efémeros, que decorre em Viseu até domingo, propôs um cartaz para 10 dias com perto de 300 eventos nas áreas do som, dança, teatro, cinema, artes visuais, música e ciência.

@Lusa