Formado em Berlim há 15 anos, o colectivo de DJs/ produtores Jazzanova pertence a um grupo restrito de inovadores que navegam entre o dancefloor, nujazz e broken beat, com incursões nas sonoridades folk e soul. Há dois anos gravaram o álbum «Of All The Things», onde o apuramento do formato canção se torna evidente. Foi também uma ocasião para dar preferência às gravações com músicos em estúdio, pondo de lado os samples ou usando apenas samples próprios. É precisamente em formato de banda ao vivo que os Jazzanova pisam o palco da Sala Suggia neste primeiro Clubbing do ano, convidando para isso o vocalista norte-americano Paul Randolph.
«Equilíbrio» é o título do aguardado novo álbum de Balla, um dos alter-egos mais aclamados de Armando Teixeira. Numa abordagem mais electrónica do que nos três álbuns anteriores, o «homem-Balla» conta com as colaborações de letristas como José Luís Peixoto, Pedro Mexia e Miguel Esteves Cardoso (com «Ao Deus Dará», o primeiro single).
O Restaurante Casa da Música torna-se em 2011 uma apetecível pista de dança, que nesta edição é animada pelo produtor norueguês Lindstrøm. O seu passado ligado a coros gospel e bandas de country e rock mistura-se com o gosto pelo rock e pop dos anos 60 e 70, o que o liberta de preconceitos estilísticos e lhe permite ser reconhecido como um dos produtores mais originais e inovadores da actualidade. A noite termina com CNTN, alter-ego do DJ portuense Pedro Centeno.
Na Sala 2, sobem ao palco duas bandas emergentes que chegam de Barcelos. O power trio Black Bombaim explora o lado imprevisível e mais excitante do rock, e o recente EP Saturdays and Space Travels dá uma ideia do que poderão trazer ao Clubbing: um cocktail explosivo de riffs demoníacos e ganchos poderosos. É também no rock que se movimentam os Glockenwise, com uma inconformada atitude punk que surge registada no novíssimo «Building Waves», o seu primeiro disco.
As sessões de Álvaro Costa dedicadas à cultura pop passam agora a decorrer na Cibermúsica, sendo a primeira dedicada ao blues. Segue-se a actuação de Noiserv, conhecido do grande público como autor da maior parte da banda sonora do documentário «José e Pilar», dedicado a José Saramago e produzido por Fernando Meirelles. A música de Noiserv, projecto de David Santos criado em 2005, é marcada por peças minimalistas que evocam memórias e vivências entre a realidade e o sonho.
Nos Bares actua Serge, DJ portuense que privilegia «a beleza irregular de uma paisagem sinuosa em vez da monotonia das auto-estradas». O seu trabalho equilibra a curiosidade musical e a produção visual.
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