"An evening with Joan Baez" é o nome da digressão que a cantora folk tem estado a fazer, com concertos já dados em Itália e Espanha, na qual revisita repertório de mais de 50 anos de carreira, com temas próprios e versões.

Joan Baez, 74 anos, que esteve há cinco anos em Portugal, é descrita como a "primeira dama" da música folk norte-americana e conhecida como uma ativista pela paz e pelos direitos humanos.

Com pouco aparato em palco, acompanhada de guitarra, por outros dois músicos e uma voz feminina, Joan Baez tem interpretado, nesta série de concertos europeus, canções em inglês, espanhol e árabe, e tem incluído versões de músicas de Bob Dylan, John Lennon, Beatles ou Leonard Cohen. A estas junta "Gracias a la vida", "Donna Donna" ou "Diamonds & Rust".

Os concertos acontecem dias depois de Joan Baez ter sido distinguida como Embaixadora da Consciência 2015, pela Amnistia Internacional, juntamente com o artista e ativista chinês Ai Wei Wei, reconhecendo o trabalho em prol da defesa dos direitos humanos. A cantora receberá o prémio em maio, em Berlim.

Na semana passada, a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos elegeu o álbum de estreia de Joan Baez, homónimo, de 1960, como um dos registos discográficos a preservar para memória futura, pelo "significado cultural, histórico e estético".

Nascida em Nova Iorque, Joan Baez estreou-se aos 18 anos no Newport Folk Festival. Sem separar a música das convicções, Joan Baez participou em alguns dos protestos anti-guerra e em defesa dos direitos humanos nos Estados Unidos. Juntou-se a marchas contra a segregação, foi presa pela oposição à guerra no Vietname, fez campanhas contra a pena de morte e participou na fundação da Amnistia Internacional nos Estados Unidos.

Em 2008, celebrou 50 anos de carreira com uma digressão pelos Estados Unidos e Europa, e editou o álbum "Day after tomorrow".

Joan Baez atuou pela primeira vez em Portugal em Agosto de 1980, no antigo Dramático de Cascais.

@Lusa