A titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) desde janeiro deste ano falava numa conferência de imprensa de apresentação da programação, que decorre entre setembro e junho de 2015, e reúne sete criações na temporada lírica, com cinco óperas e dois bailados.

"Nesta temporada, o trabalho da OSP vai mostrar a sua enorme versatilidade porque participa em bailados, além dos concertos sinfónicos, o que significa que continuamos a construir uma identidade própria", salientou.

Joana Carneiro, que já trabalhou, entre outras, como assistente da direção de orquestras dos Estados Unidos e em França, disse que nesta temporada irá "estabelecer uma relação mais próxima" com a OSP, com a qual tem vários concertos programados.

O TNSC irá apresentar uma encomenda de uma nova peça musical a Eurico Carrapatoso, o coreógrafo Rui Horta irá encenar a nova produção de "The Rake’s Progress", de Igor Stravinsky, e a cantora Elisabete Matos interpretará o papel de Lady Macbeth na ópera "Macbeth", de Verdi.

Entre outras presenças portuguesas, será interpretada a cantata "Pace e Guerra", de Azio Corghi, com texto de José Saramago, que será apresentada no âmbito de uma reflexão sobre as duas guerras mundiais.

No final da sessão, questionado pela agência Lusa sobre o orçamento desta nova temporada, o presidente da OPART - Organismo de Produção Artística que tutela o São Carlos, José António Falcão, indicou que ascende a 1,7 milhões de euros, na globalidade.

“É semelhante ao do ano anterior, mas procurando rentabilizar mais os recursos disponíveis", comentou.

Sobre o público do TNSC, disse: "Estamos pouco a pouco a subir os degraus de uma escada. Estamos a recuperar o público que se tinha afastado, nomeadamente os jovens, e a captar mais turismo".

Por seu turno, na apresentação da temporada do São Carlos, o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, falou nas limitações impostas pelas "restrições de tempos difíceis, que também afetaram o São Carlos", mas sublinhou que a tutela "tem procurado garantir" o trabalho dos respetivos organismos de produção cultural.

Relativamente ao TNSC, Barreto Xavier falou na importância de "promover a visibilidade de um projeto que garanta o entusiasmo das audiências e manter o teatro São Carlos como instituição de referência".

@Lusa