Filipe Cunha será o primeiro maestro português a dirigir a Sinfónica cubana, em concertos a realizar entre 24 de fevereiro e 14 de março próximos, no Teatro Nacional de Cuba, em Havana.
"Será um prazer ter pela primeira vez um maestro de Portugal a dirigir a nossa orquestra. Dar-nos-á uma grande satisfação contar com a sua participação”, afirma o diretor artístico da Sinfónica de Cuba, maestro Enrique Pérez Mesa, no convite enviado ao regente Filipe Cunha.
Filipe Cunha iniciou os estudos musicais aos sete anos, na escola de música de Lanhelas, no concelho de Caminha, distrito de Viana do Castelo, com Cesário Lagido, e concluiu o curso de Música no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, em Braga, em Clarinete e Flauta Transversal.
Cunha concluiu o curso de Direção de Orquestra na Academia Europeia de Direção e estudou Direção de Orquestra clássica em Lisboa, com o maestro Jean-Sébastien Béreau. O maestro do Minho liderou estágios de orquestra em Barcelos e nos Açores e já dirigiu "inúmeras" orquestras, bandas de música e “outros agrupamentos” em Portugal e no estrangeiro, e é “convidado frequentemente para projetos internacionais, júri de concursos, 'masterclasses'”, segundo nota da OFB.
Atualmente, é maestro e diretor artístico da Orquestra Filarmónica de Braga, com a qual, em dezembro de 2019, realizou uma digressão pela China, tendo sido convidado, no ano seguinte, para “trabalhar com Orquestras em Xangai durante três semanas".
Em 2020, participou na World Music Competition, em Viena, na categoria de Direção de Orquestra, e ainda neste ano foi convidado para fazer parte do júri do International Orchestra Auditions Awards, no sul de Itália, uma iniciativa da Universidade de Música de Samnium, com a qual passou a colaborar.
Também em 2020 foi convidado para “maestro honorário” da Korean Orchestra (K-Classics), passando a fazer parte do grupo de 16 maestros, em todo o mundo, escolhidos por esta instituição.
No ano passado foi convidado para a Sociedade Musical Giuseppe Verdi, no México, como “maestro internacional”.
Ainda em 2021, em novembro, participou no Festival Internacional de Música Catalã, em Barcelona, tendo dirigido a Filarmonia Ibérica.
Este ano, segundo a OFB, Filipe Cunha dirigiu a Sinfonietta de Ponta Delgada, a Orquestra da Ópera de Florença, em Itália, a Málaga Camerata Orquestra, de Espanha, a Orquestra Sinfónica do Estado mexicano de Puebla, a Orquestra de Câmara Lutoslawski, da Polónia, e a Orquestra de Almeria, de Espanha.
O maestro Filipe Cunha, para próximo ano, além de Cuba, onde vai dirigir a Orquestra Sinfónica e a Orquestra Sinfónica del Lyceu Mozarteu, tem concertos agendados com a Orquestra de Câmara Catalã e, ainda em Espanha, com a Orquestra Sinfónica da Galiza e a Banda Sinfónica Municipal de Sevilha; em Itália, com a Orquestra Sinfónica San Remo, na Bulgária, com a Pazardzhik Symphony Orchestra, e, na Argentina, com a Orquestra Filarmónica de Córdova, segundo a OFB.
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