O "MUN'Danças", que vai buscar o prefixo da designação ao nome latino do Mondego - "Munda" -, decorre entre os dias 26 e 29 de julho, em Coimbra, na Praia Fluvial de Torres do Mondego, e de 1 a 4 de agosto na Guarda, em Aldeia Viçosa.

Inês Matos, membro da organização, disse à agência Lusa que este evento, com programações diferenciadas em Coimbra e na Guarda, pretende assumir-se já este ano como o maior festival de música folk da Península Ibérica e, em próximas edições, o mais importante em solo europeu.

Pelos dois palcos montados à beira Mondego vão desfilar duas dezenas e meia de bandas, de oito países, e realizar-se quatro dezenas de bailes e concertos.

Uma dezena de professores de dança de sete países vão orientar oficinas e haverá ainda ações de formação de música e de permacultura (cultivo de pequenas hortas), ateliers de meditação e yoga, mostra de vídeo, tertúlias sobre tradições e um espaço para crianças, com programação própria.

Além da componente lúdica, o festival será utilizado para realizar mercados solidários, de produtos frescos e biológicos, especialmente vocacionados para aqueles que irão acompanhar o "MUN'Danças", acampando no areal.

Tasquinhas de gastronomia tradicional e biológica e mercadinhos de artesanato são outras componentes do festival, que pretende igualmente dinamizar as economias locais e ribeirinhas, explicou Inês Matos.

Les Zeóles (França), Beitaine (Polónia), O bando do Ujuara, SambaJah (ambos do Brasil), Docakene (Burkina Faso /Costa do Marfim), Sons Libres (França), Xtramonio (Espanha) e Spakkabrianza (Itália) são as bandas estrangeiras presentes nesta "MUN'Danças".

De vários pontos de Portugal estão programados Pé na Terra, Mándragora, Mu, Toques do Caramulo, Karrossel, Uxu Kalhus, A Barca dos Castiços, Gaiteiros de Lisboa, Mosca Tosca, Martina Quiere Bailar, Realejo, MagMell, Monte Lunai, Ósmavati, GiraSol e Melech Mechaya.

Usar as danças tradicionais como a linguagem privilegiada de um encontro multicultural e contribuir para o reforço da identidade cultural de um território marcado pela sua ligação com um rio histórico - o rio Mondego, o maior que nasce e desagua em Portugal -, são objetivos do "MUN'Danças".

A sua organização cabe à APD-PPM - Associação de Projecto e Desenvolvimento do Parque Patrimonial do Mondego -, uma instituição que pretende valorizar o património material e imaterial ligado ao rio e às populações ribeirinhas.

Nuno Martins, coordenador geral do festival, disse à agência Lusa que, depois de cinco anos a estudar, valorizar e revitalizar o património do Rio Mondego, era a altura de concretizar "a componente da festa rija".

@SAPO com Lusa.