
Em Xangai, a fadista portuguesa Mariza vai subir ao palco acompanhada pela Orquestra Filarmónica da China, num espetáculo que integra o cartaz do festival ao ar livre que decorre anualmente - o MISA (Music In The Summer Air) - e acolhe grandes nomes da música clássica e 'folk' chinesa e internacional, indica, em comunicado, o departamento de promoção da Parlophone Music Portugal.
"Fico ansiosa, mas ao mesmo tempo orgulhosa de poder cantar para outra cultura. Mas o fado é uma música que une emoções", afirmou Mariza, em declarações enviadas por e-mail à agência Lusa, quando questionada sobre a forma como vê o público chinês com um crescente interesse pelo fado.
Já no sábado, em Macau, Mariza tem agendado um concerto no Teatro do Venetian, com uma lotação de 1.800 lugares, organizado pela operadora de jogo Sands China, inserido na digressão mundial, iniciada em março.
Estar de regresso ao território, após ter subido ao palco do Centro Cultural, em setembro de 2009, "é fantástico", disse a fadista. "Estou muito entusiasmada e curiosa para entender o público que me espera passado quatro anos", acrescentou.
Sobre o alinhamento, que no âmbito da sua digressão mundial foi anunciado como um reflexo de todos os álbuns publicados, desde "Fado em mim" (2001) até "Fado tradicional" (2010), Mariza deixa a curiosidade no ar: "Todos os concertos são especiais, tem tudo a ver com a emoção do momento".
O balanço da digressão mundial, que ainda vai levar Mariza, até ao final do ano, a palcos na Dinamarca, Luxemburgo, Áustria, Suíça, Hungria e Alemanha, é, para já, "muito bom", assegura. "Estou muito feliz de poder voltar aos palcos do mundo", frisou.
Já a data de lançamento de um próximo álbum, "ainda está em segredo, até para mim", rematou.
Mariza ganhou, em 2009, o Globo de Ouro de Melhor Intérprete Nacional e o álbum "Terra" (2008), que antecedeu "Fado Tradicional", foi considerado, em 2009, um dos dez melhores do mundo na área da "world music" por três publicações britânicas - as revistas Songlines, Uncut e o jornal Sunday Times - e recebeu uma nomeação para os prémios Grammy Latinos.
Ao longo da sua carreira, a fadista tem recebido várias distinções, nomeadamente a Ordem das Artes e Letras, no grau "Chevalier", da França, a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, de Portugal, e o Prémio Amália Rodrigues Internacional, em 2005.
@Lusa
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