A saída do guitarrista e co-vocalista da banda, formada também por Mark Hoppus e Scott Raynor em 1992, foi anunciada pelo primeiro e Travis Barker em comunicado.
“Estamos todos prontos para tocar neste festival e gravar um novo álbum, e o Tom está sempre a adiar, sem motivo. Há uma semana, tínhamos combinado ir para estúdio, e recebemos um e-mail do seu manager a explicar que ele não queria participar, indefinidamente, em quaisquer projetos dos Blink-182; que preferia trabalhar nas suas outras iniciativas não musicais. Não há ressentimentos, mas o espetáculo tem que continuar para os nossos fãs”, informaram Barker e Hoppus, após terem adiantado que Matt Skiba, dos Alkaline Trio, iria substituir DeLonge no festival Musink, do qual Barker é curador.
O afastamento de DeLonge não foi, contudo, confirmado pelo próprio, que anunciou na sua conta de Instagram: “Para todos os fãs, eu nunca saí da banda. Na verdade, estava ao telefone, numa chamada sobre um eventos dos Blink 182 em Nova Iorque, no momento em que todos esses comunicados estranhos começaram a surgir… Aparentemente, esses comunicados foram aprovados pela banda. Se somos disfuncionais? Sim. Mas, Cristo….”.
Mais tarde, num comunicado oficial, reiterou a sua posição: “Eu nunca saí da banda. Na verdade, estava ao telefone, a discutir um eventual evento dos Blink-182 em Nova Iorque, quando ouvi as notícias. A ÚNICA verdade aqui é que tenho compromissos que limitam a minha disponibilidade este ano. Adoro os Blink-182 e não estou a deixá-los”.
Mark Hoppus e Travis Barker já reagiram à negação de Tom DeLonge e, em entrevista à Rolling Stone, partilharam a sua versão dos eventos recentes, confirmaram a saída do guitarrista da banda, rotulando-o de “desrespeitador e ingrato”.
“Tudo o que ouvimos da sua parte – em e-mails do seu manager ou da parte da nossa equipa de produção – foi que ‘o Tom está fora por tempo indeterminado; num futuro próximo, o Tom não está disponível'”, contou Hoppus à publicação, continuando: “É humilhante estar numa banda onde tens que te desculpar, a todo o momento, por uma pessoa. É assim que nos sentimos, já há bastante tempo. Eu espero que o Tom faça o que quer que seja que o faça feliz e pare de impedir que os Blink-182 façam o que todos combinámos que iríamos fazer: espetáculos, gravar música, continuar este legado e passar bons momentos a fazê-lo”.
Quando questionado se os Blink-182 iriam continuar sem DeLonge, Hoppus respondeu: “Há questões legais envolvidas. Como o Tom disse, ele não abandonou a banda, tecnicamente. Vou deixar isso para os advogados e managers. Eu só quero sair e tocar as canções dos Blink. Quero sair e tocar as canções que compusemos durante os últimos 20 anos das nossas vidas. É isso o que o Travis e eu queremos fazer. Se o Tom não quiser fazer isso, e obviamente que não quer, tudo bem. Ele não precisa de estar envergonhado ou tentar passar a mensagem que está, secretamente, a trabalhar em coisas para os Blink. As pessoas sabem o que se passa”.
“Eu acho que ele está apenas desapontado porque o Mark e eu fomos, finalmente, honestos. Sempre o encobrimos. Era sempre: ‘Vamos gravar um álbum’. E depois: ‘O Tom recusa-se a ir para estúdio sem um contrato de gravação’. E então toda a gente se 'matou a trabalhar' para conseguir um contrato de gravação, e agora o Tom não é parte dos Blink-182. É difícil encobrir alguém que é desrespeitoso e ingrato. Ele nem tem tomates para ligar aos seus colegas e dizer-lhes que não vai gravar ou fazer o que quer que seja relacionado com os Blink. Ele tem o seu manager a fazer isso por ele”, explicou, por sua vez, Barker, concluindo: “Toda a gente deveria saber que é ele o responsável, há anos que assim é. Quando nos reunimos depois do meu acidente de avião, só nos juntámos, nem sei, talvez porque quase morri. Mas ele nem sequer ouviu as misturas ou as masterizações desse álbum. Ele nem sequer se preocupou”.
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