Este ano, a cidade anfitriã foi Madrid e contou com a presença de Shakira que abriu o espectáculo num palco extraordinário. Shakira esteve à altura e ainda arrecadou o prémio Free your Mind, uma espécie de distinção de responsabilidade social entregue pelos Thirty Seconds to Mars que actuaram fora do recinto com muita pena do público feminino presente na sala.
Seguiu-se os Kings of Leon com uma actuação morna, incompreensível e lamentavelmente perto do frete que não ficou na memória.
Rhianna foi a rainha da noite. O palco preparado para a sua actuação contava com centenas de flores, distribuídas pelo público no final do espectáculo. A coreografia dos bailarinos acompanhou-a na perfeição o que resultou num efeito cénico e sonoro com contornos estéticos admiráveis.
Seguiu-se Kid Rock que só conseguiu aquecer o espaço devido aos efeitos pirotécnicos. Iniciou sozinho no piano e com uma notória desafinação vocal e uma actuação que deixou a desejar, apenas salvo pelo fogo na parte da frente do palco.
A gigante Miley Cyrus entrou em seguida e foi quando os problemas de som começaram. A sua voz, apesar de potente, ouvia-se mal. No entanto, a sua presença encheu o palco, os bailarinos ajudaram à festa e o público correspondeu.
Até se percebe que a voz do vocalista de Plan B, Bem Drew, seja difícil de equalizar, mas o som foi demasiado mau para um espectáculo desta dimensão. Toda a sala tremia e não foi de emoção. Os problemas de som continuaram, embora com menos intensidade na actuação de B.o.B e Hayley Williams com um dueto muito bem ensaiado. Ela esteve francamente bem, tanto em termos vocais como de presença em palco.
Ke$ha entrou com tudo e conquistou a audiência nos primeiros segundos criando uma imensa cumplicidade com o público que acompanhou fielmente o tema «Tik Tok». No final, mergulhou no público que esteve à altura e surfou pelos espectadores em delírio.
Finalmente os Bon Jovi que fecharam a noite com um espectáculo irrepreensível. Os anos de experiência ficaram bem patentes numa actuação que brindou o público com um mash up de «What Do You Got», «You Give Love A Bad Name» e «It’s My Life». O recinto foi ao rubro e, desta vez, a estrutura tremeu devido ao entusiasmo do público. Memorável!
E foi de volta à noite gelada de Madrid que todos os comentários se reuniam em redor do brilhantismo dos Bon Jovi e da pena que se fazia sentir pelas actuações de Thirty Seconds to Mars e Katy Perry terem sido no outro local de eleição dos EMA 2010: Puerta de Alcalá.
@Ana Godinho
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