“Fui alertado por um colega de profissão de que estava a haver essas provas. Então decidi enviar o meu currículo, que foi desde logo aceite e depois fiz provas de admissão”, adiantou Hugo Araújo, em declarações à agência Lusa, acrescentando que “até ao momento” é o único português admitido.

A Orquestra Sinfónica e Coro JMJ, que nasceu em 2011 motivada pela Jornada Mundial da Juventude em Madrid, aposta na formação e criação de novos públicos nos vários concertos solidários que realiza, tendo já gravado três discos.

A frequentar o segundo ano da licenciatura de instrumentista de orquestra na Academia Nacional Superior de Orquestra, da Metropolitana de Lisboa, Hugo Araújo, 26 anos, considera esta oportunidade de formação em Madrid “um grande passo” na carreira, por ser a primeira experiência fora de Portugal e pelo contacto que terá com diferentes culturas.

Segundo disse, a Orquestra Sinfónica de Madrid abre vagas todos os anos para formação, mas no máximo uma ou duas por naipe, sendo que dão primeiro preferência aos jovens músicos espanhóis.

O açoriano começou a tocar com 13/14 anos, dando sequência à tradição familiar, na Sociedade Filarmónica Marcial Troféu, da vila da Povoação, ilha de S. Miguel, tendo passado depois pela extinta Academia Musical da Povoação, Banda Militar dos Açores e Conservatório Regional de Ponta Delgada antes de se mudar para Lisboa, onde vive atualmente.

Sempre que regressa aos Açores dá aulas de música, integra projetos locais e toca na filarmónica da Ribeira Quente, no concelho da Povoação, onde o seu pai, Laurindo Araújo, é maestro.

“Viver da música é um sonho e é uma realidade. Acho que se deve sempre acreditar. Para mim, a maior chave para o sucesso é acreditar”, afirmou o músico, apesar de reconhecer que “não é fácil” o mercado de trabalho nesta área.

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