“Se eu fosse angolano”, o álbum de estreia do músico angolano, começará a ser distribuído em Portugal a 10 de março. A conceção artística do disco e os vídeos são da responsabilidade do designer gráfico espanhol Vic Pereiró.

Nástio Mosquito é o autor de todos os temas do duplo álbum, que pretende ser “um convite à reflexão” sobre uma Angola contemporânea e plural, sobre “as relações entre homem e mulher, a relação das pessoas com o dinheiro, com os mais velhos”, resume a agência que o representa em Portugal, em comunicado.

Mais conhecido pelo trabalho de artes plásticas, tendo já exposto na Tate Modern, em Londres, e no Museu Berardo, em Lisboa, Nástio Mosquito quer agora dedicar-se à música.

Em entrevista à Lusa, em agosto, Nástio Mosquito assumiu alguma mágoa por nunca ter sido convidado para atuar em Portugal. Três meses depois, foi convidado a atuar no festival Mexefest e assinou contrato com uma agência em Portugal.

Na altura da entrevista, o artista descreveu Angola como um “país em movimento”, onde, apesar das “reclamações legítimas”, é “excitante” viver e trabalhar.

As pessoas “têm oportunidades que não tinham há algum tempo”, mas existem também “exageros naturais de alturas de grande bonança e de entusiasmo para com o futuro”, reconheceu o angolano, nascido no Huambo, em 1981, e que viveu em Portugal entre os oito e os vinte anos.

“Há muitas coisas boas de Angola que não são vistas aqui [em Portugal], porque não são consideradas úteis, e isso acaba por ter uma consequência na noção que as pessoas têm do que acontece lá [em Angola]”, reflete.

@Lusa