Seun Kuti, que esteve na quarta-feira no tribunal, tem concertos agendados em mais de 12 países, mas a sua partida foi adiada devido ao julgamento, disse o seu empresário Ayo Moses à agência de notícias Associated Press.
Filho do ícone musical e agitador político nigeriano Fela Kuti, que foi detido várias vezes pelos regimes militares nigerianos, Seun Kuti estava detido há mais de uma semana, depois de ter sido apanhado alegadamente a agredir um agente da polícia em Lagos, o centro económico da Nigéria.
Na audiência de quarta-feira, o juiz presidente decidiu que era o Ministério Público - e não a polícia - que tinha o poder de acusar o músico. O juiz adiou então o caso para uma nova audiência, a 3 de julho.
"Ele está sob fiança e, como cidadão responsável, continuará a usufruir dos seus direitos, porque se presume inocente", declarou Femi Falana, o seu advogado, após a audiência.
Na semana passada, surgiram vídeos virais que mostravam Kuti agitado, a gritar e a empurrar o agente numa estrada principal de Lagos. Ainda não é claro o que causou o confronto, embora Kuti tenha alegado: “[o agente] tentou matar-me a mim e à minha família".
Durante a sua detenção, a polícia revistou a casa de Kuti, o que causou agitação entre alguns nigerianos e os seus advogados. Mas Benjamin Hundeyin, porta-voz da polícia de Lagos, defendeu que a busca era necessária e aprovada pelo tribunal.
"No decurso da nossa investigação, deparámo-nos com certas coisas suspeitas, que precisavam de ser provadas/desmentidas para além de qualquer dúvida razoável", disse Hundeyin sem adiantar mais pormenores.
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