Em declarações à Lusa, o fundador da Sister Ray, Ricardo Salazar, disse que, em conjunto com Alex Fernandes, procuram ser “uma editora da nova imagem da cidade”, numa altura em que “o Porto está num bom período da sua história”.

Depois do lançamento de uma canção de The Weatherman, em dezembro, a ideia é ir além de uma editora e ser também uma agência e promotora de concertos, pelo que organizam o concerto de hoje de Pop Dell’arte e de Plaza no Hard Club, no Porto.

A editora está aberta a músicos de todos os géneros e até locais, desde que se liguem ao Porto, dando o exemplo de uma banda de Coimbra, The Caveman, que vai estar na cidade para gravar.

“Tens muitos sítios onde ouvir música, mas não tens um som do Porto”, disse Ricardo Salazar, que, apesar de ser advogado, realçou que os acordos com as bandas são na base do aperto de mão, isto porque “o artista está na editora enquanto quiser estar na editora” e vice-versa.

Para além de Weatherman, projeto do portuense Alexandre Monteiro que está a preparar novo single, a Sister Ray conta com nomes de artistas como Black Lalia, Carbon, BANG BANG Romance e The Melancholic Youth of Jesus.

Ricardo Salazar, que é também um dos proprietários de um bar na baixa do Porto e está ligado à reabertura da loja de discos Tubitek, referiu que o projeto está a ser feito na base do ‘do-it-yourself’ (“faça você mesmo”, em inglês), com “muito boa vontade e muito pouca arrogância”. “A ideia é ter aquele espírito de estar atrás do balcão e querer mostrar coisas, criar coisas e isso consegue-se”, afirmou.

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