
A mostra é organizada em duas partes, colocando em perspetiva uma série de trabalhos artísticos centrados na música, primeiro, e posteriormente transpostos para a realidade museológica.
São apresentadas obras de artistas plásticos e músicos, como John Cage, Lou Reed, Erik Satie, Luigi Russolo, Sei Miguel, Marcel Duchamp, Maurice Martenot, Alvin Lucier, Edgard Varèse, William Basinski, Le Corbusier e Yves Klein, entre outros.
Pedro Gomes, da associação cultural Filho Único, criada em 2007, é o comissário desta exposição, na qual se reúnem obras de músicos e artistas que trabalharam a música ou o som, explorando este universo em várias vertentes.
Em declarações recentes à agência Lusa, o comissário explicou que a mostra, «inédita em Portugal», ocupa quatro salas do piso zero do museu, na sequência de um convite de Pedro Lapa, diretor artístico da entidade.
«Estava há três anos a pensar numa forma de apresentar um projeto destes, que fosse auspicioso para a música, e que tivesse como eixo central, não tanto a escultura ou instalação sonora, mas a composição musical», apontou.
Numa primeira parte, a exposição integra uma seleção de obras a partir do final do século XIX, apresentando trabalhos que perfazem uma história paralela à produção artística, concretizada em formatos para o mercado das artes e do colecionismo.
Na segunda parte apresentam-se produções contemporâneas inéditas de artistas que são primeiramente músicos, tendo partido dessa arte «como o seu centro criativo», e foram propondo novas abordagens.
«O Novo Ofício» é a primeira exposição escolhida por Pedro Lapa, nomeado há um ano diretor artístico do Museu Coleção Berardo, para substituir o primeiro diretor da entidade, Jean-François Chougnet.
A exposição vai estar patente no Museu Berardo até 25 de agosto.
SAPO com Lusa.
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