O Babel Med Music é ao mesmo tempo um festival e um mercado dedicado às músicas do mundo, está marcado de 24 a 26 de Março e contará com a presença de mais de 2500 profissionais da área da música para conferências, encontros e concertos.

Por noite acontecem dez concertos e de Portugal, nesta sétima edição, vão estar os Oquestrada, que tocam no dia 24.

A última vez que um grupo português foi seleccionado para este evento foi em 2006, com a presença dos Terrakota.

A presença dos Orquestrada no Babel Med Music insere-se num esforço de internacionalização do projecto de Almada, que tem sido concretizado mais intensamente desde 2010, ano em que fizeram quase cinquenta concertos na Europa.

Em Janeiro, voltaram a sair para mais uma série de concertos em dez dias, quase uma actuação por noite e apesar do cansaço, o esforço tem sido recompensado, como disse a vocalista do grupo, Marta Miranda.

"Tocámos em espaços muito interessantes, em bons auditórios, boas casas e com recepções intensas e magníficas", referiu.

Ao todo são oito pessoas em viagem, entre músicos, técnicos e o agente, e embora o preço dos concertos não seja muito elevado, é "interessante", porque há sempre hipótese de se ter várias datas, referiu.

E há ainda a venda directa de álbuns, no final de cada concerto, que no caso da digressão de janeiro rondou os 500 exemplares do disco "TascaBeat: O Sonho Português" (2009), o único que têm editado.

Para os próximos meses, a agenda do grupo lá fora será preenchida, como atesta o calendário dos Oquestrada no Myspace, embora nem todos os locais estejam totalmente confirmados.

Para os Oquestrada, há espaço a nível internacional para poder mostrar projectos portugueses.

"Queremos mostrar que Portugal é um país amplo, que não é só tradições e fado, é também de rupturas e lá fora acham graça [à nossa música] e percebem que há uma certa ironia", sublinhou.

Os OqueStrada assumem-se como uma "orquestra portátil à conquista do mundo" formada por João Lima na guitarra portuguesa, Pablo na contra-bacia (instrumento construído com um pau, uma corda e uma bacia), Zeto Feijão na guitarra e voz, Marta Miranda na voz e Donatello Brida no acordeão.

@SAPO/Lusa