Apesar de o título sugerir o infinito, este é o último álbum da banda, anunciou o guitarrista David Gilmour, de 68 anos, responsável pelo projeto ao lado do baterista Nick Mason.
Concebido como uma homenagem ao teclista Rick Wright, que morreu de cancro em 2008, o álbum tem como base as faixas descartadas de "The Division Bell", lançado em 1994.
"The Division Bell" estava programado para ser um álbum duplo com uma parte instrumental. Mas, por falta de tempo, boa parte do material ficou de fora. Até que Gilmour e Mason decidiram recuperá-lo há dois anos, adicionando algumas guitarras e bateria, além de regravar algus trechos.
Dividido em quatro partes, o álbum é quase exclusivamente instrumental, exceto a canção "Louder Than Words", que foi lançada há algumas semanas.
O disco começa com uma introdução de teclado ("Things Left Unsaid") e segue pelo "rio sem fim" que, durante pouco mais de 50 minutos, leva o ouvinte a paisagens sombrias ou belas, às vezes tranquilas ("Ebb and Flow") e outras mais agitadas ("Sum", "Allons-y").
O astrofísico Stephen Hawking participa no álbum. O cientista britânico, que fala com a ajuda de um computador e já havia participado em "The Division Bell", colabora na faixa "Talkin' Hawkin'".
Apesar do material antigo, "The Endless river" chegou a criar muitas expectativas. O entusiasmo levou alguns fãs a pensar que Roger Waters, que deixou o grupo há 29 anos, também participaria.
O baixista, que encerrou há pouco tempo uma digressão de três anos com a ópera-rock "The Wall", um dos álbuns mais famosos dos Pink Floyd, teve de explicar a situação em sua página do Facebook. "Não tenho um novo álbum. David Gilmour e Nick Mason têm um novo álbum. Chama-se "Endless River". David e Nick constituem o grupo Pink Floyd. Eu não sou parte dos Pink Floyd. Saí em 1985", escreveu o músico.
@AFP
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