O projeto feminista punk, que contou com um considerável apoio nos Estados Unidos durante o seu julgamento na Rússia, dedicou a canção a Eric Garner, cuja morte nas mãos da polícia nova-iorquina desencadeou vários protestos.
A canção, intitulada "I Can't Breathe", faz alusão às últimas palavras de Garner, quando um agente policial o asfixiou enquanto tentava detê-lo por vender cigarros avulsos não tarifados.
As Pussy Riot disseram ver uma ligação entre a morte de Garner, um dos vários homens negros mortos pelas mãos da polícia, e o ímpeto belicista de Putin.
"Esta canção é para Eric e todos aqueles da Rússia, dos Estados Unidos e de todo o mundo que sofrem com o terrorismo de Estado, assassinados, asfixados, desaparecidos devido à guerra e à violência financiada pelo Estado em todas as suas formas", escreveu a banda numa mensagem sobre o tema.
O vídeo que acompanha a canção não poupa alusões à política russa. Nele, as Pussy Riot - um dueto formato por Maria Alyokhina e Nadezhda Tolokonnikova - aparecem a ser enterradas vivas, vestindo uniformes da polícia russa.
Também há alusões ao conflito na Ucrânia, ao mostrar um maço de cigarros "Russian Spring" no chão, que faz alusão "às agressivas ações militares da Rússia na Ucrânia".
As Pussy Riot ficaram famosas por interpretar uma "oração punk" contra Vladimir Putin, em fevereiro de 2012, numa catedral moscovita. Por este ato, as jovens cumpriram 21 meses de prisão.
@AFP
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