O Festival decorrerá até 16 de agosto, sempre na Fábrica da Pólvora de Barcarena, no concelho de Oeiras, e fazem também parte do cartaz a cantora Sara Alhinho, de Cabo Verde, o bailarino Miguel Cañas, de Espanha, o grupo turco, Baba Zula, e os italianos Carlo Faiello & Tamurriata Remix.

A Orient.7sois.Orkestra estreia-se no dia 12. O grupo junta seis músicos do Mediterrâneo que nunca tinham trabalhado juntos, que são o croata Marko Kalcic, no baixo, o grego Kelly Toma, na lira de Creta,o argelino Salim Allal, que é a voz do projeto e toca também oud, o espanhol Miguel Angel Ramos, na guitarra espanhola, e o português Ruca Rebordão, na percussão.

“O projeto consegue combinar cada um dos estilos pessoais dos músicos num trabalho original que resume as diversas almas do Mediterrâneo”, disse à Lusa fonte do festival.

Rão Kyao, músico de jazz, saltou para ribalta, em 1983, com o álbum “Fado Bailado”, no qual gravou fados do repertório de Amália Rodrigues, interpretados com saxofone e acompanhados pela guitarra portuguesa de António Chaínho.

Com mais de 25 álbuns publicados, Rão Kyao já recebeu dois discos de ouro e dois de platina. O mais recente CD, “Rão Kyao em Melodias Franciscanas”, com o músico Mário Silva, foi editado no ano passado pela Província Portuguesa da Ordem Franciscana.

A abertura do Festival é na sexta-feira às 22:00 com a banda Sossiobanda, uma formação jovem da região italiana de Puglia.

“Francesco Sossio e a sua banda irão apresentar os sons populares da Puglia, reelaborando-os com grande originalidade através da utilização de instrumentos tradicionais e modernos”, explicou a mesma fonte. Neste concerto participa também os Puglia Sounds.

O concerto de encerramento do Festival traz a Portugal Carlo Faiello, “figura emblemática da música popular de Nápoles”, que gravou com Amália Rodrigues um álbum dedicado à “canção napolitana”.

O Festival Sete Sóis Sete Luas existe desde 1993 tendo como base uma permuta cultural entre a Itália e Portugal, tendo-se tornado uma rede cultural que inclui mais de 30 cidades em 13 países do universo mediterrâneo e lusófono, segundo a organização.

Fazem parte desta rede, além de Portugal e Itália, o Brasil, Cabo Verde, Croácia, França, Grécia, Israel, Marrocos, Romênia, Espanha, Eslovénia e Tunísia.

O Festival, que segundo a organizaram foram vistas por mais de 200 mil espetadores, envolve mais de 400 artistas e promove anualmente mais de 150 concertos de música popular contemporânea, assim como exposições de artes plásticas.

@Lusa